Novos arquivos do FBI chegaram ao conhecimento do público nesta última semana. Os documentos revelaram que as ações da cantora Aretha Franklin foram fortemente rastreadas pelo serviço de inteligência norte-americano durante os anos de 1960 e 1970. O FBI observava com atenção a luta de Aretha em prol dos direitos civis e sua presença dentro do movimento negro.

As informações foram obtidas pela jornalista Jen Dize e publicados no boletim informativo da Substack Courage News. Segundo registros, o órgão policial mostrou “suspeitas repetidas e repugnantes” de Franklin. A organização classificava a cantora como uma pessoa que pregava o “ódio aos Estados Unidos” e com ideais “pró-comunistas”.

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Aretha Franklin. Foto: The New York Times.

Em outro documento de 1968, descrito como um “resumo da situação racial em Atlanta, Geórgia”, o FBI destacava que os shows de Aretha eram “uma faísca emocional que poderia desencadear distúrbios raciais”, além de “apoiar o conceito de poder negro militante”. Durante o auge de sua carreira Franklin chegou a ser descrita pela mídia como “a voz do Movimento dos Direitos Civis” e “a voz da América Negra”, dadas suas opiniões contundentes sobre as questões raciais e sociais.

Aretha chegou a dizer que ‘Respect’, um de seus maiores sucessos, era um hino para o movimento negro. “Essa música refletia a necessidade de uma nação, a necessidade dos homens e das mulheres comuns na rua, o empresário, a mãe, o bombeiro, o professor – todos queriam respeito”, escreveu a artista no seu livro de memórias, lançado em 2020. “Foi também um dos gritos de guerra do movimento pelos direitos civis. A canção assumiu um significado monumental“.

Aos 76 anos, Aretha Franklin morreu em 2018. Ela foi diagnosticada com câncer de pâncreas em estágio avançado.

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