O rapper mineiro Djonga será o entrevistado da próxima edição do Provoca, da TV Cultura, na próxima terça-feira (01/6), às 22h. O apresentador Marcelo Tas abordará temas como racismo, prêmios e o polêmico show realizado durante a pandemia no Complexo da Maré. Na época, o artista foi criticado por promover aglomeração e se defendeu dizendo que o show “foi para a galera que trabalha e só se fode”. No último disco intitulado “Nu”, Djonga abordou as polêmicas e cobranças. Para Tas o rapper disse “Eu fui inimigo da saúde pública ali naquele momento, né. Eu fui e eu sei que fui. E quando eu fiz, já sabia que ia acontecer as críticas, tinha certeza absoluta. Só eu não posso aceitar que um cara me compare com o Bolsonaro. Não posso e não vou aceitar, sacou?”
O rapper, que foi o primeiro brasileiro a ser indicado para o prêmio BET Hip-Hop Awards na categoria de Melhor Artista Internacional, compartilhou um caso recente de racismo no qual foi abordado por estar andando de Porsche em um bairro. Djonga complementa que tal situação desagradável não foi a única e que já foi parado por policiais “milhões de vezes (…) a grande maioria das vezes, para não falar todas”. Tas questiona o que fazer para não “entrar no jogo” e o rapper conta que deve-se saber de seus direitos. “Depende. Quando você é mais novo, fica com medo, né. Quando você é adolescente, fica com medo. Quando você não tem informação, fica com medo. Hoje eu ainda tenho medo, mas eu sei me colocar na situação.”
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Seguindo a pauta racial abordada no programa, o compositor é questionado sobre a marca que quer deixar no mundo, respondendo que quer mostrar que quem faz a arte, quem é preto, que passa por uma vida difícil, “também é humano, pode ser humano e deve ser humano”. Djonga complementa, “até o ego é negado para gente a vida inteira (…) você cresce achando que aquele cara que é branquinho bonitinho cabelo loiro pode querer tudo, o tempo todo, e a gente não”, conclui.
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