Como reimaginar uma obra tão consagrada? Essa foi a pergunta central que trilhou o caminho de Blitz Bazawule em seu trabalho como diretor do novo filme ‘A Cor Púrpura’, que estreia em janeiro no Brasil. Em entrevista para o The Hollywood Reporter, o artista contou que o maior desafio ao longo do processo foi em como evitar a redundância na nova adaptação musical, isso porque já existe o livro cânone de Alice Walker, a peça musical e o primeiro filme, que se tornou um marco, lançado em 1986.
“Durante todo o processo, o desafio era: como não ser redundante? Para um material que foi explorado dessa forma, com o que você realmente vai contribuir? Esse foi o meu maior desafio. Assim que encontrei a ideia deste espaço imaginativo, então se tratou de quais são os elementos que vão nos ajudar a explorar melhor? E alguns deles eram visuais, alguns deles eram sonoros“, contou Blitz que também compôs canções originais para o filme.
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O diretor comenta que o novo filme vai explorar como as pessoas lidam com traumas e abusos. “Na verdade, são os problemas que estão na cabeça das pessoas, tentando descobrir como sair. Cresci perto de muitas pessoas assim, lidando com traumas, algumas da minha família. Então eu soube muito rapidamente que esse caminho abriria muitas oportunidades para realmente contribuirmos com o cânone“, contou ele.
Mas o apoio do estúdio e de produtores como Oprah, foi fundamental para a recriação do longa. “[A Cor Púrpura] é um marco cultural tão grande que, se você não tem nada real para contribuir, é melhor não tocar”, diz ele. “Mas tive sorte de o estúdio e meus produtores estarem abertos a uma reimaginação radical desde o primeiro dia.”
A história de ‘A Cor Púrpura’ se desenrola no início do século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie, uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta.
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