Dicas de ouro da semana: a literatura negra ganhando espaço!

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Dicas de ouro da semana: a literatura negra ganhando espaço!

Se você for até uma livraria convencional, mesmo que nas principais capitais do Brasil, a realidade que encontrará nas prateleiras, em pleno século XXI, é de pouquíssimo espaço para os autores negros. Mas essa luta, assim como todas as outras que o povo negro precisa enfrentar, ganha força a cada dia. A literatura negra brasileira ganha duas obras incríveis, para fortalecer ainda mais o movimento.

O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos, lança “Na minha pele”. Nessa obra, ele trata de episódios íntimos de sua vida e estabelece um diálogo franco com os leitores sobre pluralidade cultural, racial, étnica e social. Num mundo ainda tão cheio de preconceitos, Lázaro traz em sua escrita, um misto de conversa ora afetuosa e ora provocadora, colocando na mesa questões de extrema relevância e se perguntando sobre o que é ser negro hoje no Brasil.

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O projeto do livro surgiu há 10 anos, em meados de 2007. As experiências vividas por Lázaro durante as gravações do programa Espelho, do Canal Brasil, fortaleceram a narrativa. A obra traz um tom autobiográfico e, por vezes, assume a forma de um diário. A sua sinceridade e simplicidade, emocionam e até mesmo incomodam, são como um dedo na ferida.

Em paralelo, a editora Perspectiva, transforma em livro o ciclo de palestras realizadas em 2012, pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. “O racismo e o negro no Brasil” oferece ao leitor um profundo e candente debate sobre o espinhoso tema do racismo e preconceito no país. A obra reúne nomes importantíssimos do movimento negro, como Maria Beatriz Costa Carvalho, Kabengele Munanga, Isildinha Baptista Nogueira, Maria Lúcia da Silva.

O aspecto psicanalítico é largamente abordado no livro, endossando a questão de que as condições socioeconômicas e ideológicas há anos enfrentadas pelos negros no Brasil, têm moldado suas estruturas psíquicas, e esses danos não são facilmente resolvidos.

O movimento literário negro vem ganhando espaço e, com isso, é possível notar o surgimento de um “eu-enunciador” que tem assumido posicionamentos políticos e ideológicos de maneira forte e com grande embasamento teórico e social.

 

 

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