Os jovens Mohamed Awale e Kepha Maina, residentes de Nairóbi, estão transformando a moda no Quênia com referência e inovação
Em 2013, o jovem Mohamed Awale fundou a Suave Studios, uma marca de moda que utiliza tecidos como jeans, jaquetas de couro e ternos importados dos Estados Unidos e da Europa e que são descartados para transformá-los em bolsas, mochilas e carteiras com visual moderno e original.
Notícias Relacionadas
Detalhes e magia: como Paul Tazewell recriou os looks icônicos de Wicked
Moda negra é sobre acessórios e roupas étnicas?
As peças produzidas pela marca de Mohamed Awale são inspiradas no maior mercado de roupas de segunda mão da África Oriental, o Gikomba. “Quanto mais sacolas vendemos, mais resíduos reduzimos”, disse o designer em entrevista para a BBC News. O jovem começou seu negócio em uma sala pequena e agora mantêm parcerias com empresas como o Google, além disso, Awale recebeu apoio da Ethical Fashion Initiative para fazer um curso de moda especializado em bolsas e acessórios por dois meses em Florença, na Itália.
De acordo com a BBC, o aprendizado obtido durante o curso permitiu que o designer relançasse sua marca com foco na expansão global, ele agora é o CEO da Rummage Studios.
Moda queniana inspirada em nomes da alta costura
Kepha Maina é designer e consultor criativo, ele é dono de uma marca de alta costura criada em 2013 e que carrega seu nome. Maina afirmou à BBC News que se inspira na arquitetura, na forma humana e nas expressões de auto-identidade.
O jovem conta que a moda dos jeans skinny não estava disponível do Quênia, então ele adotou a personalização com roupas de segunda mão como estratégia para fazer os jeans. Mas Kepha também está de olho no que acontece nas principais passarelas de moda do mundo, na entrevista ele destacou o trabalho do estilista britânico Alexander McQueen. “McQueen abriu meus olhos que você pode usar a moda para fazer uma declaração”, diz Maina.
Na África Ocidental, suas inspirações são o pintor sudanês e inspiração modernista Ibrahim el Salahi. Maina já lançou quatro coleções, mas vive os desafios de apresentar seu trabalho no Quênia, que diferente dos países europeus, não tem uma temporada de moda.
Apesar de promissores, os estilistas quenianos ainda enfrentam os desafios de alcançar as pessoas que compram alta costura no Quênia, já que eles acabam dando preferência para grifes famosas internacionais. Maina vê as dificuldades, mas admite que o cenário de moda em Nairóbi melhorou bastante e que novos nomes têm surgido.
Notícias Recentes
Câmara de Salvador aprova projeto para adaptar capelos de formatura a cabelos afro
Dicas de desapego e decoração ancestral para o fim de ano com a personal organizer Cora Fernandes