A potência cultural e social do Ilê Aiyê vai passar sua mensagem de resistência e alegria no domingo (12), quando acontece a live, a partir das 16h, da Senzala do Barro Preto, no Curuzu, para o mundo. A magia, a percussão e a beleza do bloco afro estarão no ar pelos canais do YouTube da Macaco Gordo e do Ilê Aiyê, convidando todos para uma pulsação única em nome da união e do respeito mútuo.
Dirigida por Chico Kertész e titulada de Ilê Vivo, a live do Ilê será apresentada pelo ator baiano Sulivã Bispo no seu personagem Koanza Auandê, uma drag queen preta, e pelo poeta James Martins. Serão cerca de duas horas de show com músicas do repertório do bloco que, além colocar a galera para dançar, pautam reflexão e a atenção para as demandas raciais que vêm movimentando América nas últimas semanas.
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A live do Ilê Aiyê busca arrecadar fundos para a manutenção dos projetos sociais da entidade, que funcionam na Senzala do Barro Preto. Os tambores conhecidos em todo mundo pelos toques que embalam milhares de pessoas, principalmente no Carnaval de Salvador, serão agora um convite para que os admiradores do bloco contribuam para a permanência da execução dos seus projetos sociais, como as escolas Mãe Hilda e Band’erê, que já formaram milhares de crianças e jovens de Salvador, dando a eles a oportunidade de trilhar um caminho de êxito através da arte e da educação.
A ideia é que, neste momento tão propício a reflexões, o bloco afro mais antigo do Brasil mostre sua cara numa apresentação que celebra seu papel social e sua história, lembrando que a entidade reafricanizou o Carnaval da Bahia e contribuiu de forma determinante para o resgate da autoestima do povo negro.
A Escola Mãe Hilda abriu suas portas em 1988, oferecendo ensino regular nos níveis Educação Infantil e Ensino Fundamental – Ciclo I, para crianças na de 7 a 12 anos de idade. Mais de 1500 crianças já passaram pela instituição.
O Ilê também idealizou, em 1995, sua Escola Profissionalizante, que já capacitou 7 mil jovens e adultos com cursos de percussão, dança, confecção de instrumentos percussivos, informática, telemarketing, eletricidade predial, confecção de bolsas e acessórios, estética negra, dentre outros.
A live Ilê Vivo vai contar com a participação de ex-alunos dos projetos sociais, dando seus depoimentos sobre a presença marcante do Ilê Aiyê na sua formação.
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