Diversos ativistas negros brasileiros estão na COP 27 (27ª Conferência do Clima da ONU), no Egito, para abordar o tema “racismo ambiental”. Entre eles, a Amanda Costa, fundadora do coletivo Perifa Sustentável e Marcelo Rocha, diretor executivo do Instituto AYÍKA, a convite do Greenpeace Brasil. Em 2021, foi a primeira vez que os ativistas negros puderam discutir sobre o tema.

“A pauta ambiental foi embranquecida. Mas quando a gente olha pros saberes ancestrais, a reivindicação de demarcação de terras quilombolas, a gente vê que a comunidade negra já está olhando para o território. Então, escurecer essa demanda e territorializar a pauta é essencial”, diz Amanda Costa para o Mundo Negro.  

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“A crise climática vai impactar toda a população, no entanto, teremos um grupo que vai sofrer as piores consequências. Ou seja, populações pretas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos. Essas pessoas, muitas vezes, não estão nos espaços de tomada de decisão e tem os seus presentes e futuros decididos por terceiros, que não vivem os impactos das enchentes, insegurança alimentar, entre outros”, destaca Amanda. 

Marcelo Costa, diretor executivo do Instituto AYÍKA (Foto: Divulgação)

Marcelo Costa dá mais exemplos de como o racismo ambiental afeta o nosso dia a dia. “São pautas históricas como o saneamento básico, o acesso à mobilidade urbana, questões que atingem as periferias. Não estamos falando de algo secundário, são causas que já faziam parte da pauta do movimento negro brasileiro, mas que vai se efetivar agora enquanto essa nomenclatura”. 

A COP27 iniciou no dia 6 de novembro e reunirá líderes mundiais, membros de organizações ambientais e ativistas até o próximo dia 18.

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