Prestes a ser homenageada como Personalidade Literária do Ano no Prêmio Jabuti, a escritora Conceição Evaristo deu uma entrevista exclusiva para edição de novembro da revista Marie Claire.
Evaristo é autora de obras que retratam a sua “condição de mulher negra”, entre elas, o Beco das Memórias, Insubmissas Lágrimas de Mulheres e Ponciá Vicêncio, ela é um dos nomes mais reverenciados da literatura.
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Na publicação, a autora confirma que vai escrever um livro sobre sua candidatura na Academia Brasileira de Letras, que mobilizou uma inédita campanha popular e faz fortes críticas à “Intelectualidade Branca”.
A negritude se faz presente em vários momentos da entrevista.
“Nós nunca tivemos tanta fertilidade no campo das artes. Cinema negro, teatro negro, autoria negra e, é impressionante, tudo cheio”, diz ela, citando, entre outros, a cineasta Yasmin Thayná, a slammer e atriz-MC Roberta Estrela D’Alva e a escritora e filósofa Djamila Ribeiro.
Enfática, Conceição transfere para o país a responsabilidade em discutir temas raciais. “A questão do negro não é para o negro resolver, é para a nação brasileira.”
Sobre sua importância enquanto representante das mulheres negras, ela elucida:
“Me perguntam se falo pelas mulheres negras. Não falo pelas mulheres negras, falo como mulher negra, com as mulheres negras”.
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