Uma semana após a eleição são múltiplas a sensações que envolvem a comunidade negra, que de acordo com pesquisa do Painel BAP, rejeitou em grande maioria ( 75%), o presidente eleito Jair Bolsonaro.
“Eu acho que mais do que medo o que mais pega agora é a ansiedade da espera pelo amanhã”, defende Gabriel Basilio administrador da página A Psicologia Contra o Racismo.
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” É uma mistura de ansiedade e medo. Ansiedade por não ter controle sobre o que está por vir. E medo de ser alvo. O medo a curto prazo desencadeia diversas emoções, inclusive reações no corpo. Já a longo prazo acho que cabe mais falar em ansiedade. Como temos visto pessoas com crises de ansiedade. Os psicólogos estão comentando que é o que mais chega em consultório”, diz Basílio, que estuda psicologia que se dedica a entende como as relações raciais e racismo afeta a população negra.
Por prejuízos diretos ou apenas observando os que sofrem, a verdade é que que pessoas negras, de todas as idades, acabam sendo atingidas pelo sentimento de medo e ansiedade.
“Por exemplo se falarmos das crianças elas podem ser afetadas pelo que falam pra elas e pelo que elas observam. Já os adolescentes que muitos já estão desesperançosos e sem sentido na vida isso pode aumentar e muito. Para os adultos acho que essa ansiedade já é mais consolidada e real já é possível visualizar um cenário e como bem sabemos nós população negra é quem mais sofre com toda a violência do Estado”, detalha Gabriel.
Fizemos uma pesquisa com nosso leitores, via Instagram, e 87 dos leitores disseram se sentir mais no espírito da luta do que do luto.
A sensação do “estamos juntos, vai dar certo…ninguém solta a mão de ninguém”, não diminui o medo do que estar por vir.
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