Com grande parte de alunos negros e em vulnerabilidade, ONG Capacita-me faz ação para manter cursos gratuitos para o público

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Com grande parte de alunos negros e em vulnerabilidade, ONG Capacita-me faz ação para manter cursos gratuitos para o público
Foto: Divulgação

Fundado pela Rachel Maia, o Instituto Capacita-me está realizando uma rifa especial de Dia dos Namorados para subsidiar os cursos oferecidos ao público. Cada número custa R$15 e o vencedor leva uma bolsa recheada de produtos Kopenhagen.

Em entrevista ao MUNDO NEGRO, a presidente Márcia Maia, ela diz que desde a fundação, há 5 anos, foram muitas conquistas. “Iniciamos de uma forma pontual, visando atender ao mercado do varejo, mas com o passar do tempo percebemos que as demandas e oportunidades iam além desse universo, então ampliamos o leque de cursos para que pudéssemos atender melhor nosso público em situação de vulnerabilidade”.

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A ONG oferece cursos gratuitos em diferentes áreas, como: programador, cuidador de idosos, mulheres na construção, artesanato e marketing digital.

“Podemos presenciar o aumento na autoestima, a potencialização com os pequenos empreendedores e a volta de muitos ao mercado formal de trabalho e acreditamos que podemos cada vez mais colaborar de forma positiva para esse população tão fragilizada  que sofrem com a falta de oportunidade”, diz Márcia Maia.

A rifa, entre outras ações, mantém o projeto ativo para a educação destas pessoas. “O instituto sobrevive de doações e também não temos uma sede própria, temos trabalhado para nos tornar OSCIP (Organização da sociedade civil de interesse público) e com isso, buscar mais incentivo de empresas que acreditam na força do 3ºsetor”, explica a presidente.

Em dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), O Brasil registrou 11,3 milhões de desempregados, no primeiro trimestre de 2022. Os cursos oferecidos pela ONG, ajuda essas pessoas a voltarem ao mercado de trabalho, onde o maior público são pessoas negras e mulheres.

Sobre a ONG

O ano de 2017 foi marcado pela vontade genuína que Rachel teve de desenvolver um trabalho social direcionado a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e/ou fora do mercado de trabalho, mas dispostas a desenvolver suas carreiras e seu próprio sustento.

Com a colaboração e suporte de Márcia Maia – pedagoga, educadora da rede pública de ensino a mais de 25 anos – se inspirou e então desenvolveram o Projeto Capacita-me com foco inicial em Educação, ofertando o curso de ‘Atualização para o Mercado de Trabalho’, com base nos Pilares do Conhecimento: Aprender a Fazer; Aprender a Conviver; Aprender a Conhecer e Aprender a Ser (ONU, 2006).

Mesmo estruturado, a execução do projeto permitiu notar que apenas capacitar pessoas não era suficiente sem que houvesse a chance de retornarem ao mercado de trabalho. Assim, de modo complementar, o projeto passou a abarcar o pilar da Empregabilidade visando a absorção dos cursistas pelas empresas e instituições parceiras comprometidas com a promoção da diversidade e humanização das relações de trabalho.

Ao longo desses anos, várias empresas, voluntários e facilitadores passaram a abraçar a causa, o que confere maior visibilidade ao projeto. Em 2020, ao ser laureado com o Selo de Direitos Humanos e Diversidade (3ª edição), na categoria Igualdade Racial, o Instituto Projeto Capacita-me recebe seu primeiro reconhecimento.

A rifa

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