A moda feita por criadores negros está mais uma vez na vanguarda da expressão cultural e da inovação com o lançamento de coleções que dialogam com a ancestralidade e a adaptação às mudanças climáticas. Na temporada primavera-verão, marcas autorais como Casa Apolinária e DMR Antoniê Demar trazem para o mercado peças que não apenas reverenciam a história, mas também respondem às necessidades de um clima cada vez mais imprevisível.
A Casa Apolinária lançou recentemente a coleção Matriarcas do Samba, uma homenagem às mulheres que foram fundamentais na criação e preservação do samba, um dos maiores símbolos da cultura popular brasileira. Inspirada nas “tias baianas”, cujas casas serviram de berço para os primeiros batuques e rodas de samba, a coleção celebra essas mulheres que, ao longo da história, mantiveram o samba vivo em seus quintais, tanto como intérpretes quanto como compositoras. As peças da coleção trazem uma estética que mistura força e delicadeza, honrando a resistência feminina no universo do samba.
Notícias Relacionadas
Dendezeiro lança coleção inédita inspirada em “Mufasa: O Rei Leão”
Mais de 50 personalidades e projetos voltados para sustentabilidade e diversidade na moda são reconhecidos durante o Fashion Futures 2024
Enquanto isso, a DMR Antoniê Demar apresenta a coleção MESCLA, que aposta em tons quentes e tecidos de algodão, capturando a essência vibrante do verão. Com uma elegância sutil, a Antoniê Demar busca transmitir vitalidade e frescor em cada peça, propondo uma moda que flerta com a sofisticação sem perder a leveza característica da estação. A coleção MESCLA combina elementos que permitem transitar entre temperaturas, refletindo a versatilidade tão necessária em tempos de clima instável.
Essa adaptação climática é uma tendência crescente no setor da moda, com micro, pequenos e médios empresários investindo em coleções híbridas e tecidos inteligentes. As peças agora são pensadas para funcionar em dias quentes ou frios, possibilitando sobreposições nos momentos de maior frio ou o uso de camadas leves nos dias mais quentes. O inverno de 2023, considerado um dos mais quentes já registrados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e os recordes de altas temperaturas que temos alcançado este ano, destaca a necessidade de uma moda que se ajuste às variações climáticas.
Essas coleções não apenas reverenciam o passado e a cultura negra, mas também mostram como a moda autoral pode ser uma resposta criativa e sustentável às novas demandas ambientais. A primavera-verão 2024 é marcada pela fusão de história, estilo e adaptação, colocando a moda negra como protagonista dessa reinvenção.
Notícias Recentes
Migrantes haitianos em programa de imigração temporária vivem incerteza nos EUA diante de planos de deportação de Trump
Animação biográfica de Pharrell Williams estreia no Brasil e revive trajetória do artista em Lego 3D