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Reflexões de autores negros sobre racismo, feminismo, estética, religião, empoderamento e encarceramento estão disponíveis gratuitamente na vitrine da plataforma “Eu Faço Cultura”. A coleção, que foi coordenada pela filósofa e escritora Djamila Ribeiro, reúne oito volumes e 500 exemplares impressos, sendo composta por oito volumes e cerca de 500 exemplares impressos.
Podem realizar o resgate alunos de escolas públicas, beneficiários de programas sociais do governo federal, população de baixa renda, jovens de 15 a 29 anos portadores da Identidade Jovem, idosos, portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes e microempreendedores individuais e representantes de organizações não-governamentais.
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“Lugar de Fala”, de Djamila Ribeiro, é o primeiro volume da coleção. O livro faz uma reflexão sobre quem tem direito à voz numa sociedade estruturada e machista, em que os brancos estão no topo da pirâmide e as mulheres negras na base. “Lugar de fala não é impedir alguém de falar, é dizer que outra voz precisa falar”, explica a autora.
A questão racial é tratada em dois volumes: “Racismo Recreativo”, de Adilson Moreira, e “Racismo Estrutural”, de Silvio Almeida. Adilson Moreira cita o ambiente de trabalho e programas de televisão em que há casos de discriminação racial, mas não são tratados dessa forma. Silvio Almeida analisa o sistema de organização da sociedade que cria condições desiguais para o negro.
História e religião estão no foco de dois babalorixás: Sidnei Nogueira, autor de “Intolerância Religiosa”, e Rodney William, autor de “Apropriação Cultural”. Nogueira apresenta um histórico da intolerância religiosa no Brasil, desde a chegada dos portugueses e dos jesuítas até a ascensão das religiões evangélicas. William escreve sobre a aculturação dos costumes dos povos escravizados e defende um debate amplo, saindo do comum.
O olhar feminino está presente em mais três obras: “Interseccionalidade”, de Carla Akoterine, “Encarceramento em massa”, de Juliana Borges, e “Empoderamento”, de Joice Berth. Carla Akoterine e Juliana Braga analisam a condição negra e a opressão da sociedade, desde o período colonial, quando escravos eram oprimidos pelos proprietários, com a permissão da Justiça. Joice Berth escreve sobre o empoderamento coletivo e individual, e como a estética negra é desvalorizada.
Link para acessar o site da plataforma: eufacocultura.com.br
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