Mesmo em um ano caótico como 2020, por essa ninguém esperava. Escrevo esse texto ouvindo o álbum do Black Panther horas depois de saber da passagem de Chadwick Boseman, o ator afro-americano que nos fez amar ainda mais nossa negritude pela maneira lendária que viveu T’challa, o Rei de Wakanda, o nosso Pantera Negra nas telas do cinema. O ator lutou uma batalha que durou 4 anos e infelizmente, seu adversário, o câncer, venceu. Ele tinha 43 anos.
Digerindo essa devastadora notícia, pensei muito no elenco de Pantera Negra e em como Lupita Nyongó, Latitia Wright, Danai Guria, Winston Duke, Michael B. Jordan e Angela Basset souberam dessa tragédia.
Notícias Relacionadas
Caso Miguel: Justiça de Pernambuco reduz pela metade indenização para família do menino
Ludmilla cancela turnê 'Ludmilla in the house': "vocês merecem excelência"
Nas memórias sobre o ator, recordo do carinho com as crianças, com os mais velhos, com os fãs, com a comunidade negra ao redor do mundo é isso o que o tornou um herói de verdade.
Além do Chadwick que vimos como líder de Wakanda, a maneira que ele, o homem fora das telas, se dedicou para promover o filme da Marvel, tendo a plena ciência do quão revolucionário era o seu personagem para todas as gerações foi algo que me fez amá-lo tanto quanto seu personagem. E quando digo amá-lo, me refiro ao afeto que criamos com pessoas que mesmo que nunca conheçamos nos inspiram a torcer por elas, celebrar suas vitórias como se fossem alguém da nossa família.
O coração pesa quando artistas que tocam nossa alma se vão porque em nosso coração o fato delas nem saberem da nossa existência, não faz diferença. No caso de Chadwick nem seria um amor platônico. A dedicação dele aos personagens negros era a forma dele mostrar o quanto ele amava sua comunidade negra. Pessoas como eu.
Boseman foi um homem negro que humanizou a imagem dos seus pares em papéis históricos. Além de Pantera Negra, por meio da sua excelência na arte da interpretação nos emocionamos ao vê-lo como James Brown (lenda da música) e Jackie Robinson (primeiro jogador negro da história da MLB) no cinema.
Chadwick foi para gente um herói que ele nunca teve. E como ele, jamais teremos.
Notícias Recentes
Julian Marley, filho do cantor Bob Marley, se apresenta neste fim de semana na Virada Cultural de São Paulo
Vídeo mostra Diddy agredindo com chutes e socos sua ex-namorada, Cassie Ventura