Chadwick se foi e parece que perdemos um parente

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Chadwick se foi e parece que perdemos um parente
Chadwick Boseman abraça Lupita Nyong'o ao lado de Dani Guria - Foto: Reprodução Twitter

Mesmo em um ano caótico como 2020, por essa ninguém esperava. Escrevo esse texto ouvindo o álbum do Black Panther horas depois de saber da passagem de Chadwick Boseman, o ator afro-americano que nos fez amar ainda mais nossa negritude pela maneira lendária que viveu T’challa, o Rei de Wakanda, o nosso Pantera Negra nas telas do cinema. O ator lutou uma batalha que durou 4 anos e infelizmente, seu adversário, o câncer, venceu. Ele tinha 43 anos.

Digerindo essa devastadora notícia, pensei muito no elenco de Pantera Negra e em como Lupita Nyongó, Latitia Wright, Danai Guria, Winston Duke,  Michael B. Jordan e Angela Basset souberam dessa tragédia.

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Pantera negra e o elenco dos sonhos – Foto: Reprodução Facebook

Nas memórias sobre o ator, recordo do carinho com as crianças, com os mais velhos, com os fãs, com a comunidade negra ao redor do mundo é isso o que o tornou um herói de verdade.

Chadwick Boseman celebrando o aniversário de uma garotinha hospitalizada com câncer – Foto: Reprodução Instagram

Além do Chadwick que vimos como líder de Wakanda, a maneira que ele, o homem fora das telas, se dedicou para promover o filme da Marvel, tendo a plena ciência do quão revolucionário era o seu personagem para todas as gerações foi algo que me fez amá-lo tanto quanto seu personagem. E quando digo amá-lo, me refiro ao afeto que criamos com pessoas que mesmo que nunca conheçamos nos inspiram a  torcer por elas, celebrar suas vitórias como se fossem alguém da nossa família.

O coração pesa quando artistas que tocam nossa alma se vão porque em nosso coração o fato delas nem saberem da nossa existência, não faz diferença. No caso de Chadwick nem seria um amor platônico. A dedicação dele aos personagens negros era a forma dele mostrar o quanto ele amava sua comunidade negra. Pessoas como eu.

Boseman foi um homem negro que humanizou a imagem dos seus pares em papéis históricos.  Além de Pantera Negra, por meio da sua excelência na arte da interpretação nos emocionamos ao vê-lo como James Brown (lenda da música) e Jackie Robinson (primeiro jogador negro da história da MLB) no cinema.

Boseman como James Brown – Foto: Reprodução Twitter

Chadwick foi para gente um herói que ele nunca teve. E como ele, jamais teremos.

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