O “Oscar Negro”. É assim que muitos chamam o Troféu Raça Negra, evento promovido pela ONG Afrobras, que reconhece os talentos negros na cultura, política, esporte e imprensa. A premiação que acontece desde 2011 em São Paulo é sempre marcada pela presença de celebridades negras que chegam com trajes dignos de tapete vermelho americano. Há até os que cheguem de limusine.
Na edição de 2015, que aconteceu no último dia 16, o Troféu homenageou a lenda viva Martinho da Vila que foi ao palco com sua família para receber a estátua, muito similar a do Oscar. Martinho agradeceu a honraria, falou de como é difícil ser homenageado e agradeceu todo carinho que recebeu e todo o empenho dos organizadores.
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O prêmio Nobel de Literatura, Wole Soyinka também foi premiado. Ambos foram aplaudidos de pé.
Maria Julia Coutinho, a Maju, a garota do tempo do Jornal Nacional, da TV Globo, foi ovacionada ao ser chamada. Visivelmente emocionada, subiu ao palco para receber o seu troféu e disse que a luta contra o preconceito é de todos. “Dos heróis negros, da minha avó que era doméstica, dos meus pais, da moça que é cozinheira, da moça que limpa o banheiro da TV Globo. Tenho honra de fazer parte dessa luta e todos devemos pensar em um mundo mais gentil e acolhedor”, disse a jornalista.
O ator Érico Brás, sua mulher Kênia e os dois filhos, Gabriela e Matheus também receberam seus troféus. A família toda foi premiada pelo trabalho que desenvolve no canal do Youtube “Ta Bom pra Você? “onde refazem comerciais de TV só que apenas com atores negros. Érico disse que atores negros também querem a sua fatia na publicidade.
Érico e Kênia, aliás, foram mestres de cerimônia juntamente com a atriz Erika Januza e o comediante e escritor Hélio de La Peña.
Foram premiados também Nilcemar Nogueira, neta de Cartola e fundadora do Museu do Samba, o chef e dono de restaurante José Alencar de Souza e a escritora Conceição Evaristo.
Quem também levou estatuetas para casa foram Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente da OAB Nacional, Maurício Pestana, secretário de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo, o maestro João Carlos Martins, Macaé Evaristo, secretária de Educação do Estado de Minas Gerais e Lorival Ferreira dos Santos, juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas.
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