No dia 4 de novembro, data que marcou 55 anos da morte de Carlos Marighella, foi anunciada a criação do Instituto Carlos Marighella na casa onde o ativista e guerrilheiro viveu, no bairro de Nazaré, em Salvador. O espaço, que funcionará como centro cultural e de formação política, busca preservar o legado de Marighella e oferecer uma plataforma para debates e atividades voltadas à cidadania e à memória histórica.
A residência, onde Marighella morou com sua companheira Elza Sento Sé, se tornará um ponto de referência para a valorização de sua trajetória e de seu papel na resistência à ditadura militar. A criação do instituto é fruto de esforços contínuos de militantes e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que pleitearam o projeto como forma de resgatar e compartilhar essa história com o público.
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O anúncio oficial aconteceu em São Paulo, durante uma homenagem no local onde Marighella foi morto em 1969 por agentes da ditadura, na Alameda Casa Branca. A cerimônia contou com a presença de José Luiz Del Roio, companheiro de militância e cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) ao lado de Marighella, que reforçou a importância da memória coletiva como elemento essencial para a identidade social brasileira.
Carlos Marighella, natural de Salvador, liderou a ALN e foi uma figura central na resistência armada contra o regime militar. Sua atuação política incluiu participação ativa no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e representou uma das vozes mais firmes contra as arbitrariedades do Estado. A criação do Instituto Carlos Marighella busca perpetuar sua história, oferecendo um espaço de reflexão e aprendizado para as novas gerações.
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