A taxa Selic subiu… E eu com isso?

Se você quer começar a investir, essa é uma informação importante. Caso você já seja um investidor, é mais importante ainda. Afinal, é a primeira vez, nos últimos 6 anos, que a taxa Selic subiu. E o que isso significa na prática?

Primeiro, vamos entender o que é a taxa Selic. Conhecida como a taxa básica de juros, a Selic é um dos indicadores mais conhecidos da economia por influenciar todas as demais taxas de juros do mercado. Quem decide qual será o valor dessa taxa é o COPOM, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para definir, de acordo com os objetivos econômicos, se a meta da taxa Selic vai aumentar ou diminuir.

Você deve estar se perguntando: por que, afinal, ela é tão importante? Acontece que a taxa Selic foi criada em 1979, inicialmente, para ser uma ferramenta de controle da inflação, já que as alterações feitas podem influenciar no câmbio e no custo do crédito, resultando em uma alta ou queda na inflação. Assim, o Banco Central consegue ter um controle maior da economia do país. Ao aumentar a Selic, é possível desacelerar a economia interna e incentivar investidores estrangeiros, impedindo a inflação de ficar muito alta, ao mesmo tempo que, ao diminuir, há um estímulo ao consumo e aquecimento econômico, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.

E o que isso tem a ver com o mundo dos investimentos? Como a maior parte dos investimentos de renda fixa (mais seguros e previsíveis) está atrelada a taxa Selic, quando ela desce, o rendimento dessas aplicações desce junto. Isso significa que esses investimentos ficam menos atrativos e, consequentemente, há uma busca maior dos investidores por diversificar seus portfólios com aplicações de melhor rentabilidade, como nos investimentos de renda variável (mais arriscados e voláteis). O contrário também acontece.

Por isso que o aumento de 0,75 pontos na taxa Selic, que passou a ser 2,75% ao ano, é relevante para pensar sua carteira de investimentos. Busque melhores oportunidades e acompanhe o mercado de perto, sempre levando em consideração o seu perfil de investidor. Comece avaliando seu apetite a risco: você é conservador ou arrojado? Está disposto a correr riscos para ganhar mais dinheiro ou prefere ter uma alta previsibilidade dos seus ganhos? As respostas dessas perguntas vão direcionar os tipos de investimento mais adequados para seus objetivos.

Caso você ainda não invista e queira começar, busque estudar, primeiro, sobre investimentos de renda fixa. Por apresentarem maior segurança e estabilidade, são excelentes para quem quer iniciar com aplicações pequenas e/ou está pouco disposto a perder dinheiro. Os principais são o Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA e Fundos de Investimento de Renda Fixa. Parece uma sopa de letrinhas à primeira vista, mas logo se acostuma. Com estudo e constância, em breve você será um(a) grande investidor(a).

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