A Câmara Municipal de Chicago, nos Estados Unidos, está analisando a implementação de um programa de renda mínima voltado para os homens negros em situação de vulnerabilidade econômica. O projeto visa conceder alguma forma de reparação aos descendentes afro-americanos na cidade de Chicago, concedendo valores fixos para indivíduos desempregados.
A ideia é que o programa, pagando de US$ 600 a US$ 800 por mês, retire homens negros das ruas, reduzindo assim sua dependência de uma economia ilegal impulsionada pelo tráfico de drogas. O projeto foi proposto e idealizado pela Coalizão Nacional de Negros para Reparações na América. De acordo com Kamm Howard, co-presidente da entidade, o programa utilizou como base os estudos da Universidade de Columbia sobre duas comunidades de Chicago com altos índices de criminalidade, em Englewood e West Garfield Park. “O grande número de famílias negras sem pais nestes bairros são um reflexo do sistema histórico nos Estados Unidos”, disse Howard.
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De acordo com as pesquisas apresentadas por Howard, ele observou que a renda média para os homens negros vivendo em bairros com altos índices de criminalidade é de US$ 700 a US$ 900 por mês, então uma renda básica de US$ 600 a US$ 800 substituiria a maior parte das necessidades. A renda seria fornecida por até dois anos, e somente se os homens permanecessem em serviços corretivos, com o objetivo de eventualmente ingressar na força de trabalho e sustentar seus filhos, a ação de apoio continuaria.
O projeto, que ainda está sob análise por parte das entidades e políticos responsáveis dentro da Câmara Municipal, ainda passará por uma série de aprovações. Até o momento, segundo idealizadores da proposta, a expectativa é tornar Chicago uma cidade mais segura e diversa para todos os moradores, com destaque para as populações negras que vivem em situações de vulnerabilidade.
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