
Conheça a história que vai além do luxo.
A cadeira Peacock, feita em vime com encosto alto que lembra a cauda de um pavão, nasceu nas Filipinas, fruto de artesanato local, usando materiais como rattan e bambu. Apesar de sua origem asiática, foi na diáspora africana que ela conquistou um novo significado.
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Nos anos 1960 e 1970, ela deixou de ser apenas um item decorativo para se tornar um símbolo de poder e identidade preta. Tudo começou com a icônica fotografia de Huey Newton, cofundador do Partido dos Panteras Negras, sentado em um exemplar, segurando um rifle e um escudo tradicional africano; essa imagem consagrou o modelo como um trono da resistência negra
Além disso, a cadeira se consolidou como um símbolo visual forte ao aparecer em cenas de filmes importantes como Black Panther e Wakanda Forever, e também foi usada por personalidades como Lenny Kravitz, reforçando seu status de trono simbólico da comunidade negra.
Para muitos, a cadeira representa potência silenciosa: ela se impõe como “um trono de identidade”, reforçando mensagens de orgulho e centralidade. Michelle Wilkinson, curadora do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, destaca que a cadeira Peacock foi adotada como símbolo de empoderamento e pertencimento cultural.
Até hoje, continua viva em produções que exaltam o protagonismo preto. Em Black Panther, os tronos de T’Challa e Ramonda são inspirados no design da cadeira, reforçando a ideia de liderança e majestade preta, fundindo tradição e modernidade .
Conhecer essa trajetória é mais do que entender um item de decoração: é reconhecer como a diáspora negra ressignificou um objeto de origem filipina e o transformou em símbolo de liderança, acolhimento e resistência, um trono que carrega história, ancestralidade e poder.
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