A Olimpíada de de Paris 2024 vai trazer o breakdance para a lista de esportes participantes. O evento vai repetir a fórmula da edição recém finalizada em Tóquio, incorporando às competições esportes que conversem com os jovens e com a cultura urbana, visando aumentar o nicho de público e modernizar os Jogos Olímpicos. O breakdance nasceu como um dos elementos da cultura Hip-Hop e era usado como forma de evitar que jovens negros entrassem para gangues de rua.
O surf e o skate fizeram grande sucesso este ano e estarão novamente na próxima edição, embora ainda não considerados fixos e precisando de análise a cada edição.
Notícias Relacionadas
Documentário 'Pretos Novos do Valongo' abordará memórias das vítimas do maior cemitério de escravizados das américas
Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB) retorna em sua 5ª edição em Salvador, Bahia
É benéfico que haja inovações conforme a popularidade e demanda pela prática de esportes não tradicionais aumente, como já foi o caso do vôlei de praia em 1996, da BMX em 2008 e este ano do skate. Dança é uma linguagem universal e já existem competições em vários países do mundo com b-boys e b-girls (nome dado aos praticantes) de todos os continentes.
As competições de breakdance estão sob a responsabilidade da WDSF (World Dancing Sports Federation), uma entidade criada para organizar as competições internacionais de dança de salão e foi ela que apresentou o projeto de inclusão do esporte. As Olimpíadas da Juventude costumam ser usadas para teste das novas modalidades a serem incluídas no evento principal e a edição de 2018, sediada em Buenos Aires, contou com a dança em batalhas de um um round na primeira fase. Os dançarinos mostram seus passos de forma alternada e é criado um ranking pelos jurados com os mais bem avaliados (chamado de “round robin”). Depois disso vem a fase eliminatória e as finais que são decididas em batalhas de quatro rounds. passam a ser de melhor de quatro rounds. Vence quem tiver, no total, mais votos dos juízes na soma de todos os rounds. Os critérios dos jurados envolvem técnica, variedade, criatividade e personalidade, performance, musicalidade.
Um dos grandes expoentes do breakdance no Brasil é o paulista Pelezinho, primeiro brasileiro a chegar numa final mundial em competição do estilo. Em entrevista para o site Breaking World, o dançarino deu sua impressão de quais são as chances do país em 2024: “Temos B-Boys e B-Girls que possam disputar medalhas para o Brasil, mas tudo depende de toda a estrutura e logística que será montada aqui no Brasil, de como será, se vai convidar os B-Boys e as B-Girls direto ou se vai fazer etapas. Então, dando uma resumida, eu acho que já estamos atrás dos outros países: o Japão já tem o time pronto, a Holanda praticamente também, a França, EUA, a China e o Brasil ainda não está! Quem estiver na frente tem que fazer de verdade! E resolver tudo o mais rápido possível, porque esse ano já descartamos praticamente, então, só sobra 2023 e 2024. Porque até o processo todo ser feito com a estrutura. Estou falando da minha visão como dançarino e como produtor e criador de eventos”, apontou.
O Brasil não teve representantes da modalidade nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires.
Notícias Recentes
Anderson Leonardo, do grupo Molejo, volta para UTI e equipe pede doação de sangue
Jogador Polidoro Júnior é alvo de ataques homofóbicos após confirmar envolvimento com Pabllo Vittar