Este delicioso doce é típico da cozinha baiana. Feito a partir da tapioca granulada, coco ralado, leite de coco, açúcar e canela, lembra bastante seu primo bolinho de chuva, mas é ainda mais saboroso por não utilizar farinha de trigo, afinal, nossa tapioca é muito mais nutritiva e saborosa!
Este bolinho é encontrado nos tabuleiros das baianas do acarajé e leva esse nome por ser barato, se popularizando entre os estudantes.
Bolinho de Estudante é patrimônio cultural da gastronomia brasileira oriundo do Nordeste, feito à base de tapioca flocada.
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Raul Lody diz:”Na Bahia, todos o conhecem este doce tradicional feito a punho, o tão estimado e saboroso bolinho de estudante,um dos mais frequentes integrantes do cardápio exposto no tabuleiro da baiana de acarajé”.
O universo do doce, do salgado, do dendê, do coco, do milho, da massa de mandioca, revela-se nos cardápios do cotidiano, ritualmente repetidos a cada final de tarde, nos domingos, nas manhãs.
Os doces são, certamente, marcados pelas cocadas brancas e pretas, pelo doce de gamela de madeira, como o de tamarindo, pelos bolos de milho, e o tradicional bolinho de estudante.
O tabuleiro e a baiana se unem para formar um dos mais notáveis símbolos urbanos de matriz africana.
Destaque, dentro das receitas do tabuleiro da baiana, para uma comida de mandioca, o popular bolinho de estudante. Certamente, ganhando esse nome por ser bolinho frito no final da tarde, hora que os estudantes passam, ao sair dos colégios, pelas esquinas e adros, onde estão arrumados os tabuleiros com tudo que possa seduzir pelo cheiro.
Na cidade do São Salvador, em cada final de tarde, o dendê fervente inunda o ar, e a boca já começa a salivar…
O bolinho de estudante é um doce feito de massa de tapioca, coco, açúcar e canela, estando a maior habilidade para se fazer a receita no trabalho de manipular a massa, de dar com o punho o movimento que faz com que ele seja conhecido como um doce “feito a punho”. Com a massa faz-se bolinhos que são fritos no óleo de milho ou no azeite doce. O bolinho deve ser comido ainda quente, pois a massa é mais saborosa assim, e o açúcar se misturado à canela lhe dá uma casquinha que se derrete a cada mordida.
Ele é sobremesa nas casas para o lanche da tarde. É a sobremesa para a culminância dos pratos de azeite, diga-se de dendê, pois, não há nada melhor que almoçar um efó acompanhando de boa e fina farinha de mandioca do Recôncavo e, após, os bolinhos de estudante.
Assim, unem-se mandioca nativa – da Terra –, com o dendê africano – da Costa – com o açúcar e a canela que são do oriente – do Reino –, fazendo-se viver novamente essa boca de paladar multicultural, da mesa do brasileiro, dessa mesa baiana.
Raul Lody
Vamos de receita?
Nível de dificuldade: fácil
Tempo de preparo: 45 min
Ingredientes:
• 500ml de leite morno;
• 300g de tapioca flocada;
• 200g de coco seco natural;
• 1 xícara de açúcar;
• 2 colheres de chá de canela em pó + 1 xícara de açúcar refinado para empanar;
• Óleo para fritura. (Uso 1L)
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Modo de Preparo:
- Coloque o coco e o leite morna no liquidificador e bata até obter pedaços bem pequenos. Misture bem com 300g de tapioca e o açúcar. Deixe descansar por 30 minutos, até a tapioca amolecer. Em seguida, enrole os bolinhos com a mão levemente untada com água.
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Frite os bolinhos em bastante óleo quente até ficarem dourados. Coloque-os sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo . Deixe esfriar por 3 minutos, depois passe no açúcar e na canela e sirva.
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Dica: Sirva acompanhado de sorvete de coco ou coma no café da tarde.
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