bell hooks, aclamada autora, crítica, feminista negra e intelectual pública, morreu neste dia 15 de dezembro em sua casa, na cidade de Berea. Aos 69 anos, hooks lutava há um bom tempo contra uma doença – ainda não divulgada. Autora faleceu cercada de amigos e familiares, de acordo com a sobrinha, Ebony Motley.
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Gloria Jean Watkins (nome de registro) nasceu em 25 de setembro de 1952 em Hopkinsville, Kentucky, Estados Unidos. Autora publicou mais de quarenta livros e numerosos artigos acadêmicos, apareceu em vários filmes e documentários, e participou de várias palestras públicas. Sua obra incidiu principalmente sobre a interseccionalidade de raça, capitalismo e gênero, e aquilo que conecta como a capacidade destes para produzir e perpetuar sistemas de opressão e dominação de classe.
O nome “bell hooks” foi inspirado na sua bisavó materna, Bell Blair Hooks. De acordo com a autora, a letra minúscula buscava dar enfoque ao conteúdo da sua escrita e não à sua pessoa. O seu objetivo não era ficar presa a uma identidade em particular mas estar em movimento permanente.
Filha de Veodis e Rosa Bell Watkins, a quarta de sete irmãos, bell hooks frequentou escolas segregadas no Condado de Christian, depois foi para a Universidade de Stanford na Califórnia, fez mestrado em inglês na Universidade de Wisconsin e doutorado em literatura na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.
Apesar de ter escrito o primeiro rascunho do clássico livro ‘Não Serei Eu Mulher?‘ aos 19 anos, obra só foi publicada em 1981 quando ela tinha 29. Livro chegou a ser classificado, pela Publishers Weekly, como um dos mais influentes do mundo.
Em 1991, bell hooks foi premiada com o ‘The American Book Award‘, um das honrarias literárias de maior prestígio dos Estados Unidos, que reconhece ‘realizações literárias notáveis’ no campo da escrita.
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