Presença constante no cinema nacional, a artista está em “Um Animal Amarelo”, “Doutor Gama” e “O Novelo”.
O mês de agosto será de exibição tripla do talento de Isabél Zuaa nos cinemas. A atriz e performer portuguesa será vista, paralelamente, nos longas-metragens “Doutor Gama”, de Jeferson De; “Um animal amarelo”, de Felipe Bragança, cujo papel rendeu à Isabél o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado de 2020; e, por fim, “O Novelo”, de Claudia Pinheiro, que está na mostra do 49º Festival de Gramado e tem estreia prevista para o final do ano.
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Na pele da personagem histórica Luiza Mahin em “Doutor Gama”, Isabél reconhece o desafio e alegria de dar vida ao papel da mãe do herói da luta abolicionista Luiz Gama. “Sem dúvida, é um sentimento de honra e felicidade, além de um desafio muito aliciante. Luiza Mahin é um nome que não deixa ninguém indiferente, uma figura que está entre a história e a ficção, mas é concreta. Tive a sorte de trabalhar com Pedro Guilherme (que interpreta Luiz Gama criança) e de termos uma química mágica desde o primeiro dia. Era fulcral Luiza Mahin ter uma ligação forte e potente com o seu filho e isso marca a trajetória dele”, pontua.
Exibido na Big Screen Competition do Festival de Roterdã em 2020, o longa “Um animal amarelo” passou por mais de 25 festivais internacionais e, em Portugal, foi o filme de encerramento do INDIELISBOA 2020. “A minha personagem, Catarina, é uma mulher moçambicana que, junto de seus companheiros, trafica pedras preciosas para o mundo ocidental. Ao saírem do território moçambicano, deparam-se com questões complexas estruturais e físicas. Além de ser a líder do trio, Catarina é também a narradora onipresente do filme”, celebra.
Com exibição única no Festival do Gramado, “O Novelo” apresenta Isabél no papel de Alzira, uma mãe de cinco meninos. “Ela é abandonada pelo marido depois do quinto parto. Existe uma ligação muito grande entre todos os filhos com uma prática ensinada pela mãe: o tricô. Passado um tempo, a mãe morre e eles ficam sozinhos no mundo”, antecipa a atriz, que tem mais de 30 filmes no currículo.
Nascida em Lisboa e filha caçula de um casal de origem africana que se conheceu em Portugal, Isabél coleciona prêmios. No 48º Festival de Gramado, recebeu o Prêmio de Melhor Atriz por “Um animal amarelo”. Pelo papel no longa-metragem “Joaquim” (Marcelo Gomes, 2017), recebeu o Prêmio Guarani de Revelação e o Prêmio de Melhor Atriz Secundária no CineEuphoria, ambos em 2018. No mesmo ano, recebeu por “As boas maneiras” (Marco Dutra e Juliana Rojas, 2017) o Prêmio de Melhor Atriz no Festival Zinegoak. Pelo mesmo trabalho, em 2017 foi condecorada Melhor Atriz no Festival de Sitges e, por “Nó do Diabo” (Ramon Porto Motta, 2017), levou o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Fest Aruanda.
Formada em Teatro e Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa), em sua extensa filmografia constam títulos recentes como “Estamos todos na sarjeta, mas alguns de nós olham as estrelas” (João Marcos de Almeida e Sérgio Silva); “Deserto Estrangeiro” (Davi Pretto); “Desterro” (Maria Clara Escobar); “A chuva acalanta a dor” (Leonardo Mouramateus); “Lilith” (Bruno Safadi); “Dom Pedro” (Laís Bodansky) e “Aquilo que sobra” (Humberto Giancristofaro), inspirado na obra ‘A montanha mágica’, de Thomas Mann. Na TV brasileira, participou das séries “Carcereiros”, “Sob Pressão” (ambas na TV Globo) e “Rarefeito” (na TV Brasil). Em Portugal, gravou “Sul” (na RTP) e “Complexo”, uma série que ainda vai estrear no Brasil.
Em sua chegada ao Brasil para um intercâmbio acadêmico, Isabél participou de “Kbela” (2015), filme de Yasmin Thayná que rodou o mundo abordando a aceitação dos cabelos da população negra – tendo, inclusive, exibições em Harvard. Outro trabalho do qual muito se orgulha é a montagem de “Aurora Negra”, espetáculo em que assina a codireção e onde o afrofuturismo é o tema central. “Paramos na pandemia e reestreamos este ano no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, e fizemos o Festival Internacional de Teatro, em Almada. Agora faremos uma turnê internacional”, finaliza Isabél, que ainda não tem data para estrear a peça no Brasil por conta da pandemia.
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