Na contramão do resto do mundo, a população africana deve crescer ainda mais nos próximos anos. De acordo com previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050, 1 em cada 4 pessoas do planeta será africana. Segundo informações, a população do continente deve quase dobrar para 2,5 milhões nos próximos 25 anos.
Em 1950, os africanos representavam 8% da população mundial, mas com o aumento da taxa de natalidade esse número têm crescido expressivamente, diferente dos países mais ricos, onde a população envelhece e vive com a preocupação sobre como manterá suas sociedades no futuro por conta do avanço da idade de seus cidadãos.
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A média de idade das pessoas no continente africano, formado por 54 países, é de 19 anos, enquanto na índia, considerado o país mais populoso do mundo, a média é de 28 anos, já na China e nos Estados Unidos é de 38 anos. Ainda não se sabe quais mudanças culturais podem acontecer a partir desse novo cenário que se desenha para o futuro da população mundial, em especial de África, mas alguns sinais já podem ser vistos em muitos aspectos, como na música, nos esportes e também nos negócios.
De olho nas mudanças de um futuro próximo, líderes de países africanos se juntaram ao G20, principal fórum de cooperação econômica internacional, como uma forma de mostrar que também podem contribuir diretamente com o desenvolvimento da economia mundial, não apenas como nações que são vítimas de mazelas.
O continente deve inaugurar a próxima década composto pela maior força de trabalho do mundo, ultrapassando Índia e China, que lideram os índices populacionais. Até 2040, 2 em cada 5 crianças nascidas no planeta serão originárias de África.
Segundo reportagem do jornal norte-americano, The New York Times, “em média, os africanos comem melhor e vivem mais do que nunca. A mortalidade infantil foi reduzida pela metade desde 2000”, fatores que podem colaborar para o aumento populacional a longo prazo.
Mas o desafio para muitos países em África será oferecer condições para que seus cidadãos vivam com mais qualidade e tenham oportunidades. Na Nigéria, por exemplo, quase dois terços dos habitantes vivem com US$ 2 por dia e a expectativa é de que até 2050 o país ultrapasse os Estados Unidos na posição de terceiro país mais populoso do mundo.
O desemprego também é uma questão que preocupa, já que, segundo dados do Banco Mundial, menos de 1 em cada 4 africanos conseguem um emprego formal.
Mesmo diante desses cenários difíceis, alguns números relacionados a educação e acesso à internet têm melhorado no continente. De acordo com a reportagem do Times, 44% dos jovens africanos se formaram no ensino médio em 2020, um aumento considerável se comparado aos formandos de 2000, que eram 27%. Além disso, 570 milhões de pessoas têm acesso à internet.
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