As mais lidas de 2019 #6 – Inspiração: Mulheres negras contam como o inglês abriu portas para conhecer o mundo

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As mais lidas de 2019 #6 – Inspiração: Mulheres negras contam como o inglês abriu portas para conhecer o mundo

A liberdade é um dos aspectos da nossa vida mais subestimados. O direito de ir e vir, a hora que quiser, é algo que há não muito tempo atrás, não era possível para os antepassados da comunidade negra. Viajar , conhecer o mundo é uma das formas mais plenas de se sentir livre, e saber um outro idioma além do português aumenta suas possibilidades.

Conheça a história de quatro mulheres negras, que decidiram colocar o conhecimento da da língua inglesa como meta de vida e revolucionaram suas histórias pessoais. O que elas têm em comum? Todas fazem parte da família Ebony English, uma escola de inglês com foco na cultura negra e conhecida pela qualidade de ensino, amizade entre professores e alunos e possibilidades de intercâmbios em países africanos.

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Juliana Paula Rosa, 37 anos, Formada em Administração, Pós em Estratégia de Mercado.

Juliana não sabia muito bem falar inglês na sua primeira experiência internacional, quando foi visitar seu padrinho na Flórida.  “Eu  havia começado o curso de Inglês há pouco tempo. Disse a mim mesma que na próxima viagem será de outro jeito! Praticamente não conseguia me comunicar sozinha”, detalha.

“Depois de um ano de intensivo em uma segunda escola, ‘meu inglês estava ‘tinindo’  e no ano de 2004 realizei a minha segunda viagem internacional. Dessa vez a Montreal (Canadá), meu primeiro Intercambio”, explica Juliana sobre o aprimoramento do seu nível de inglês.

Com o inglês mais avançado, ela pode conhecer muitas cidades africanas, como Joanesburgo, Pretoria e Cidade do Cabo.

 

Juliana em Signal Hill – Atras a Table Montain (Foto – Arquivo pessoal)

“Falando especificamente do continente Africano a importância do turismo internacional na minha vida é gigante! Com o inglês, eu visitei e vou visitar a maioria dos países africanos que também falam inglês.  Para mim é importante mostrar para os meus, povo preto, que é possível estarmos onde quisermos. Mas tem que se preparar, planejar! Fazer conexões conhecer as diversas culturas. Honrar nossos ancestrais”.

Sarah Aparecida Rocha, Administradora de Empresa, 30 anos

Sarah começou a se aproximar do estudo da língua inglesa, quando participou de projeto da TUTU, uma ONG brasileira, parceira de uma ONG americana de Nashiville (EUA) chamada Charges Davis Foundation.

“Eu usei o inglês em outras situações antes deste ocorrido, mas se fosse para destacar, a vez que mais me marcou foi a minha primeira entrevista em inglês para uma empresa muito grande! Apesar de não ter sido lá essas coisas, eu fiquei muito orgulhosa de mim”, relata Sarah.

Em Agosto de 2018 , Sarah foi para Cape Town,  África do Sul. ” Foi minha primeira viagem internacional e minha primeira viagem de avião da vida! Foi um dos momentos mais importantes da minha vida até agora. Uma experiência incrível que não cabe em palavras, apenas vivendo para sentir a emoção”.

Sarah na África do Sul – Foto – Arquivo Pessoal

A administradora de empresas, diz que a viagem para a África do Sul a transformou como pessoa. ” Porque eu conheci muitas pessoas que nunca imaginaria. Meus melhores amigos na África do Sul, onde fiquei 2 meses, foram um japonês chamado Nori e a Iftkhar da Arábia Saudita. Esta foi a experiência mais gratificante, poder ter ido pra África e estar na Terra Mãe, mas também por ter tido a oportunidade de conviver por 2 meses com pessoas de culturas extremamente diferentes da minha, foi muito rico e emocionante!”. E toda essa experiência mudou o seu modo de lidar com a vida.   “Hoje posso dizer que consigo lidar melhor com conflitos, resolver situações de forma mais assertiva, conviver em grupo e respeitar as diferenças das pessoas também, além de conseguir confiar mais em meu potencial ! A experiência internacional traz isso”, finaliza.

Thaís Mariê Camargo Sena, 28 anos, professora de inglês e estudante de pedagogia

Thaís começou seu contado com a língua Inglesa, sozinha.”Eu estudei por iniciativa própria porque eu realmente gosto muito de inglês, mas eu comecei a estudar numa escola com cerca de 17 anos, então eu não tinha a mesma visão da minha mãe sobre a importância de estudar inglês, eu comecei por diversão, mas logo depois do intercâmbio comecei a fazer entrevistas e percebi como o mercado me tratava diferente por eu ser uma mulher negra que falava inglês.”, relata a professora.

Thais em Nova York (Foto Arquivo pessoal).

“Eu nunca me senti insegura aqui no Brasil.  No avião, eu confundi duas palavras bem parecidas e a aeromoça foi bem grosseira comigo, daí eu me senti travada, mas foi só desembarcar que essa sensação passou. Quando eu viajei e fui elogiada pela minha família canadense foi aí que eu percebi que eu realmente falava inglês. Como nós estamos sempre ouvindo conselhos dos outros, eu ouvia muitas pessoas dizendo ‘você acha que fala inglês até sair do país’. Mas eu não tive essa experiência, como eu aprendi vendo filmes, assistindo TV, eu já estava minimamente condicionada a me virar pra entender o que foi dito sem ter alguém a quem recorrer”, detalha Thaís.

A professora conheceu além do Canadá onde fez intercâmbio, Nova York, Seattle e Los Angeles. “Foi bem importante pra mim. Na viagem para Nova York, por exemplo, eu tinha acabado de sair de um relacionamento longo e que não acabou bem. Sair do meu ciclo de contatos, ter contato com outra cultura e pensar sobre a vastidão do mundo, me ajudou muito a expandir meus horizontes e superar o meu momento. Eu sempre tive muita facilidade pra me comunicar em inglês, então essas viagens foram ótimas pra aumentar minha auto estima, passear, conhecer pessoas”. comenta.

Adriana Lima, 27 anos, formada em comunicação e marketing 

“Minha primeira viagem internacional sozinha foi para a África do Sul, a terra do Mandela, sempre quis saber e conhecer um pouco mais de perto como tudo aconteceu durante e após o apartheid. Aqui no Brasil o que sabemos está em algumas publicações ou documentários, mas ter a oportunidade de estar no país onde Mandela nasceu é fascinante”, descreve Adriana. 

Adriana em Table Mountain – África do Sul Foto – Arquivo Pessoal)

Ela se descreve como uma pessoa solidária, e as viagens internacionais lhe trouxeram um novo olhar sobre o mundo. “Sempre fui uma pessoa que gosta de ajudar o próximo dentro das minhas possibilidades, as viagens me trouxeram um olhar mais sensível sobre a vida aprendi a dar mais valor a tudo, ser mais observadora estar mais próxima dos valores básicos que aprendi dentro da minha casa. Aprendi a viver, a me conhecer, a explorar e descobrir tudo aquilo que meu coração desejar”. 

A liberdade de poder se comunicar na língua nativa do seu destino turístico foi uma das grandes satisfações da viagem de Adriana. “O inglês foi fundamental para o meu convívio com as outras pessoas,  pois em todo o momento a minha comunicação foi em inglês, desde das coisas básicas como ir a uma cafeteria e pedir um chocolate quente, fazer compras no supermercado, pedir informação e conversar com os habitantes locais e o mais importante fiz tudo sozinha e não precisei de ajuda de ninguém na hora da comunicação, isso para mim foi muito gratificante pois eu me preparei para estar lá e o resultado foi a oportunidade de interagir e compartilhar momentos simples na mesma linguagem”. 

Ebony English empodera os alunos por meio do inglês e intercâmbios na África

A experiência de viagem, foram uma grande mudança na vida profissional de Thaís. “Depois de empregos em multinacionais, retornei à minha paixão de infância que era lecionar. Procurei me especializar antes de entrar na sala de aula, fui professora voluntária. Encontrei a Ebony há 5 anos por indicação da Ana Paula Xongani e me encontrei por me identificar com a escola, que foi uma coisa que nunca aconteceu quando eu era aluna. Poder oferecer uma aula com a qual os alunos se identificam não têm preço pra mim. Poder poder compartilhar com os alunos a importância do inglês não só no mercado, mas na nossa conexão enquanto diáspora (que também é uma grande lição que eu aprendi com a Ebony) é o meu grande propósito hoje.

Para Adriana, A Ebony foi um achado precioso, enquanto mulher negra.”Encontrei a Ebony em 2016, e algo me chamou atenção desde o início uma escola de inglês com cultura negra?! Nunca tinha visto esse modelo de negócio em São Paulo, me interessei pelo projeto e em pouco tempo já estava frequentado a unidade localizada na Frei Caneca, foi a primeira vez na minha vida que tive contato com uma grande quantidade de negros em sala de aula (as salas de aula da Ebony English são compostas por no máximo oito alunos por sala)”.

Um diferencial única da escola paulistana, é a conexão com outras culturas através de vídeo conferência, palestras com pessoas nativas de outro país tendo o inglês como língua oficial, método de ensino, questão social e o atendimento de qualidade.

Saiba mais sobre a Ebony English
www.ebonyenglish.com.br
Instagram @ebonyenglishschool

 

 

 

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Tássia di Carvalho é graduada em Jornalismo e Publicidade e Propaganda, além de possuir MBA em Mídias Sociais e especialização em Marketing Digital e Cultura Contemporânea. Criou a Agência Is em junho de 2016, assim que saiu do Jornal O Dia, aonde era colunista e repórter. No periódico, ela cobria o lado positivo de favelas e periferias e percebeu um nicho em que poderia atuar, ajudando os pequenos projetos que inseria nas páginas da publicação. Em pouco tempo, viu que a demanda na área de comunicação era necessidade em diversas organizações do terceiro setor e de ações de impacto social. Em três anos, a Is já contabiliza mais de 35 clientes, desde os pequenos projetos que ela queria ajudar até grandes organizações de renome internacional como British Council, BrazilFoundation, Favela Mundo e FLUP. Palestrou em grandes eventos como TEDxPedra do Sal, MindTalk e BlackTalks.

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