O Fashion Rio e representantes da ONG Educafro assinaram, nesta terça-feira (5), termo de compromisso para garantir a presença de modelos negros na semana de moda carioca, após reunião de duas horas e meia, na sede da Defensoria Pública, no centro do Rio.
De acordo com matéria do site UOL o termo foi firmado após denúncia encaminhada à Defensoria Pública pela ONG de que os modelos estavam sendo rejeitados na seleção para os desfiles das grifes que se apresentam entre esta quarta e o sábado no Píer Mauá, região portuária da capital fluminense, onde é realizada a temporada Inverno 2014 do evento.
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Participaram do encontro representantes da ONG, da Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura do Rio (Ceppir), o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) e a gerente do departamento jurídico da Luminosidade, Verbana Maciel. Na reunião, foi acordado que a Luminosidade, empresa responsável pela organização das semanas de moda do Rio e de São Paulo, irá encaminhar às grifes a recomendação de que exista o percentual mínimo de 10% de negros em cada desfile. De acordo com a defensora pública, Larissa Dadidovich, os agentes do órgão estarão presentes nos desfiles para verificar que as grifes estão cumprindo o percentual mínimo acordado na reunião. Segundo o presidente do Grupo Palco Mil Sonhos, Leônidas Lopes, nenhuma modelo negra foi selecionada para o evento.
Nos últimos dois anos, quando um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pela Luminosidade vigorava, 46 modelos em cada ano chegaram a ser chamadas para as seleções. “Os modelos não foram chamados nem para seleção. Não estou reclamando apenas das modelos que são do grupo. Os fatos estão comprovados. Neste ano, em São Paulo, um famoso estilista homenageou a África e não havia nenhum modelo negro. A grande maioria eram loiras e apenas duas morenas”, disse Lopes, referindo-se ao desfile da marca Tufi Duek.
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