Após duas semanas de protestos na Nigéria, Rihanna, Beyoncé e Naomi pedem o fim da SARS e ajudam feridos

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Após duas semanas de protestos na Nigéria, Rihanna, Beyoncé e Naomi pedem o fim da SARS e ajudam feridos

A Nigéria está na segunda semana de protestos contra a violência policial, especialmente por parte do Esquadrão Especial Antirroubo (Sars, na sigla em inglês), que é acusado de violações dos direitos humanos e acabou dissolvido após a pressão dos manifestantes, que também cobram uma reforma geral das forças de segurança.

Nesta terça-feira (20), milhares de nigerianos se juntaram em protestos pacíficos em Lagos, para fazer campanha contra a brutalidade policial dentro da unidade do Sars. Lagos é o estado mais populoso da Nigéria. Criada em 1984 para conter os constantes furtos e roubos no país, o Sars tinha no uso da força sua maior tática, segundo a Sky News. No entanto, nos anos 90, grupos de defesa dos Direitos Humanos já denunciavam uma série de ações ilegais da unidade, que vieram crescendo ao longo dos últimos 30 anos até chegar ao estopim das últimas semanas.

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O inicio dos protestos ocorreu após a divulgação de um vídeo no qual agentes do Sars retiram dois homens de um hotel na cidade de Lagos e atiram em um deles. A ONG Anistia Internacional diz que diversos manifestantes morreram após soldados abrirem fogo para dispersar o protesto de terça-feira, mas o governador confirmou apenas um óbito, de uma pessoa com um trauma na cabeça. No entanto, surgiram relatos de manifestantes sendo baleados, mortos e feridos.

Após o inicio dos protestos a hashtag #EndSARS tem sido vista com frequência entre os assuntos mais comentados do momento nas redes sociais. Vinda da Nigéria, ela quer dizer “Acabe com o Sars”. Ao pesquisar o termo, é possível ver dezenas de vídeos e links de canais de notícias mostrando a juventude nigeriana nas ruas contra essa divisão da Força Policial Nigeriana.

Reagindo aos acontecimentos chocantes varias celebridades estão se solidarizando: Rihanna compartilhou uma foto comovente de um manifestante gritando enquanto segurava uma bandeira nigeriana encharcada de sangue. A cantora acrescentou em seus stories: “Não posso suportar ver esta tortura e brutalidade que continua a afetar nações em todo o nosso planeta. É uma grande traição para os cidadãos, as mesmas pessoas criadas para proteger são aquelas por quem mais tememos ser assassinados. Meu coração está partido pela Nigéria. É insuportável assistir“.

Beyoncé também apoiou o #EndSars: “Estou com o coração partido ao ver a brutalidade sem sentido que ocorre na Nigéria. Tem que haver um fim para a SARS. Temos trabalhado em parcerias com organizações de jovens para apoiar aqueles que protestam por mudanças. Estamos colaborando com coalizões para fornecer cuidados de saúde de emergência, alimentos e abrigo. Aos nossos irmãos e irmãs nigerianos, estamos com vocês. Visite beyonce.com para obter uma lista de organizações que mostram seu apoio“, disse em um comunicado.

A supermodelo Naomi Campbell pediu o fim da brutalidade policial e disse: “Presidente Muhammadu buhari, por favor, pare a violência que está matando o brilhante e promissor futuro da Nigéria. Nossos jovens e geração jovem são nossos líderes do futuro“.

O campeão de boxe peso-pesado Anthony Joshua, que tem herança nigeriana, lançou um vídeo sincero apoiando a causa ao mesmo tempo que ofereceu ajuda aos hospitais que cuidam dos feridos.

O apresentador do Match of the Day, Gary Lineker, mostrou seu apoio ao retuitar um vídeo do atacante do Manchester United Odion Ighalo criticando o governo nigeriano sobre os ataques.

O ator de Star Wars John Boyega, cuja família é nigeriana, ficou sem palavras e escreveu: “Não sei o que dizer. Para travar essa guerra contra seu próprio povo … Eles devem pagar“. Ele acrescentou em seus stories no Instagram: “O mundo deve ver. O governo nigeriano falhou com seu povo. ELES DEVEM IR“.

A rapper Nicki Minaj tuitou em apoio: “Apoiando e orando pelos corajosos jovens da Nigéria que estão na linha de frente desta violência sem sentido. Sua voz está sendo ouvida”.

Gboyega Akosile, porta-voz do governador do estado de Lagos, reconheceu os relatos de tiroteios e disse via Twitter que uma investigação sobre o incidente foi ordenada.

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