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Graças a implementação da lei de cotas, a presença de estudantes negros no ensino superior aumentou muito nos últimos anos. Entretanto, quando se fala dos docentes, a inclusão ainda não chegou. Entre os professores de universidades do Brasil, apenas 16,4% deles são negros (autodeclarados como pretos ou pardos).
A informação vem de um levantamento realizado pelo Quero Bolsa, plataforma de bolsas de estudo e vagas no Ensino Superior, utilizando dados do Censo da Educação Superior de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Quando se olha para as faculdades de ensino superior públicas, a taxa cai ainda mais, correspondendo a 14,4% dos docentes. No ensino privado, a proporção é de 18%. Lembrando que, segundo dados do Censo do IBGE, a proporção de negros no país é de 53,6% da população.
Entre os professores negros no ensino superior:
- 31,3% tem doutorado como a titulação máxima;
- 45% tem mestrado como a titulação máxima;
- 23,7% tem especialização como a titulação máxima;
- 5,4% tem graduação como a titulação máxima;
- 4,5% tem graduação como a titulação máxima.
No norte e nordeste presença é maior:
Entre os estados, a maior proporção de professores negros é no Amapá, com 55,6%. A menor é no Rio Grande do Sul, com 2,8%. Confira:
Entre os alunos que realizam pesquisa na graduação, apenas 36,2% são negros. A taxa entre os alunos que têm bolsa de pesquisa é de 37,9%.
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