O Geledés, Instituto da Mulher Negra, anunciou com o apoio da SaferNet, ONG referência na defesa e na promoção dos direitos humanos na internet, e do Instagram, o lançamento de ‘Racismo e Bullying: Como proteger jovens negras?’, uma nova série de animação sobre as formas de discriminação que jovens negras sofrem e o impacto em suas vidas.
Com o objetivo de educar e fomentar a discussão sobre o tema, a série, ilustrada por Bruna Bandeira, dirigida por Day Rodrigues e produzida pela agência Mutato, será protagonizada por Guta, uma menina negra de 13 anos que sonha em ser cineasta e guiará conversas com diferentes especialistas sobre como combater bullying e racismo, além de oferecer dicas de como meninas negras podem se proteger no Instagram e ter uma experiência mais segura e positiva na rede.
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“Racismo é uma violência sistêmica, uma violência de apagamento dos corpos não brancos. Ele acontece desde o momento que a gente não tem uma memória das resistências negras, a partir do momento em que simbolicamente somos violentados em relação à religião de matriz africana, festas e culturas populares. Tudo isso inclui o racismo, principalmente a animalização dos corpos negros, da criação de estereótipos e de um lugar que não leva a consideração à humanidade e sim a violência.” Explica Day Rodrigues, diferenciando do que seria o bullying.
“O bullying é direcionado a alguém , não tá envolvido em um todo, tem a ver com um individuo e não a origem racial da pessoa.” Completa ela.
A série contará com três vídeos que serão publicados durante todo o mês de abril no canal do IGTV do Portal Geledés e sua primeira apresentação ocorreu no dia nacional contra o Bullying, que segundo a diretora do projeto, tem uma grande diferença com o racismo e que deve ser reconhecida pela população.
A série em forma de IGTV conta com a animação feita por Bruna Bandeira, mulher preta e ilustradora, criadora da página “Imagine e Desenhe”, na qual fala com muito orgulho sobre ela. “A Imagine e Desenhe é uma rede de apoio. Sem tabus, onde pessoas se comunicam, trocam informações e se ajudam a todo momento. É onde refletimos que se a luta não for por todos, não estará sendo por nenhum de nós!” Explicou Bruna
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