Anielle Franco, Antonio Pitanga e Zezé Motta participam de evento em prol da educação antirracista no Brasil

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Anielle Franco, Antonio Pitanga e Zezé Motta participam de evento em prol da educação antirracista no Brasil
Foto: Antonio Pitanga/Leandro Tumenas Anielle Franco/Ricardo Stuckert/PR Zezé Motta/Reprodução

No dia 30 de junho, o Fórum A Cor da Cultura promoverá o lançamento da nova fase de um projeto de educação antirracista que tem como objetivo promover a valorização e o ensino do patrimônio histórico/cultural afro-brasileiro e indígena na Educação Básica, em apoio às Leis 10.639/03 e 11.645/08. O encontro, que ocorrerá no auditório da Editora Globo, que acontece na cidade do Rio de Janeiro, reunirá importantes personalidades, como artistas, educadores, pesquisadores, representantes do governo e da sociedade. O público poderá assistir o evento ao vivo no canal do Futura no YouTube.

O evento contará com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; da secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação (MEC), Zara Figueiredo; do secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria; do presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues; da cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Cida Bento, além de outros importantes artistas, educadores e pesquisadores das culturas negra e indígena.

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Durante o evento, acontecerá a formação de uma Aliança para Promoção da Equidade Racial com a assinatura do protocolo de intenções com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi)/MEC e a Fundação Palmares. 

A programação também inclui a participação do ator e diretor Antonio Pitanga e da atriz e fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), Zezé Motta, que devem falar ao público durante a abertura do primeiro painel, intitulado: A cor da cultura.

Além do Fórum presencial, no dia 30, outros dois encontros online, nos dias 4 e 5 de julho, vão acontecer com representantes negros e indígenas. Os encontros têm como principal objetivo escutar as demandas, os desafios e as práticas de quem está atuando na transformação da educação para equidade racial. Este mapeamento de temas, conceitos, projetos, redes e colaborações, a partir do fórum de escuta (mobilização), dará origem a um documento inicial para as produções que serão realizadas (curso online, produção audiovisual, jogos, proposta de formação e acompanhamento de educadores).

O projeto A Cor da Cultura, uma aliança para promoção da educação antirracista, tem desempenhado um papel crucial no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial na Educação Básica. Ao valorizar o patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro e indígena, essa iniciativa busca desconstruir estereótipos e preconceitos, oferecendo uma formação mais inclusiva e diversa para as novas gerações.

Dados estatísticos recentes revelam a importância dessa iniciativa. Segundo levantamentos, a desigualdade racial ainda é uma realidade no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra representa a maioria no país, correspondendo a cerca de 56% da população total. No entanto, quando se trata de acesso à educação de qualidade, a disparidade é evidente.

Segundo o último Censo Escolar, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2022, apesar dos avanços na inclusão, ainda há uma desigualdade na representatividade étnico-racial nos espaços educacionais. Apenas 25% dos estudantes autodeclarados negros frequentam escolas com mais de 80% de estudantes negros, enquanto 51% dos estudantes negros estão matriculados em escolas com menos de 20% de estudantes negros. Essa segregação reflete a necessidade de ações concretas para promover a equidade racial no sistema educacional brasileiro.

Diante desse cenário, as leis 10.639 e 11.645, estabelecidas em 2003 e 2008, respectivamente, determinaram que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados, incluíssem obrigatoriamente o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena em seus currículos e na formação dos professores. O projeto A Cor da Cultura surge com o propósito de valorizar esse patrimônio histórico e cultural, mobilizando educadores e a sociedade para promover as relações étnico-raciais e cumprir as leis mencionadas.

Na sua origem, o projeto foi resultado da parceria entre a Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, o Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), criado pela atriz Zezé Motta, o Ministério da Educação (MEC), a Fundação Cultural Palmares (FCP) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com apoio da TV Globo.

Confira a programação completa

9h30/10h – Café de Boas-vindas

10h/11h – Aliança para promoção da Equidade Racial

Apresentações:

•     João Alegria – secretário-geral da Fundação Roberto Marinho

•     Zara Figueiredo – secretária da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI), do Ministério da Educação

•     João Jorge – presidente da Fundação Cultural Palmares

Assinatura do protocolo de intenções – FRM + MEC + FUNDAÇÃO PALMARES

11h/12h30 – Painel 1 – A cor da cultura

Falas de abertura (vídeos):

•     Zezé Motta – atriz e fundadora do Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan)

•     Antônio Pillar – diretor audiovisual

•     Antônio Pitanga – ator e diretor

Apresentações:

•     Wania Sant’Anna – historiadora e pesquisadora de relações raciais e de gênero

•     Babalawô Ivanir dos Santos – prof. Dr. e conselheiro estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)

•     Edneia Gonçalves – socióloga, educadora e coordenadora da ONG Ação Educativa

•     Monica Lima – profª Drª. do Instituto de História da UFRJ

Mediação: Maria Correa – Fundação Roberto Marinho

14h/15h30 – Painel 2 – Para ler o Brasil hoje – Educação antirracista e democracia

Reflexões sobre educação antirracista no Brasil e a democracia e seus impactos na educação

Apresentação artística – Gênesis – Slam

Fala de abertura (vídeo):

•     Kabengele Munanga – antropólogo e professor

Apresentações:

•     Anielle Franco – ministra da Igualdade Racial

•     Kaká Werá – escritor, professor e empreendedor social indígena

•     Marize Guarani – professora, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), conselheira do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND) e membro do Parlaíndio

•     Cida Bento – cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT)

Mediação: Kenya Sade – jornalista e apresentadora de Variedades no Grupo Globo

15h30/16h – Intervalo

16h/17h30 – Painel 3 – Cultura Afro-brasileira e Indígena

•     Sandra Benites – professora, pesquisadora, curadora e atual diretora de Artes Visuais da Funarte, descendente do povo Guarani Nhandeva

•     Roseane Borges – jornalista, professora e escritora

•     Renata Tupinambá – jornalista, curadora, roteirista e produtora. Criadora do podcast Originárias, o primeiro de artistas e músicos indígenas no Brasil

•     Rodrigo França – dramaturgo, ator, diretor, sociólogo e filósofo

Apresentação e mediação: Larissa Luz – cantora, atriz e apresentadora do GNT

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