Por conta da pandemia crianças e adolescentes estão passando mais tempo online do que antes. O grupo de Whatsapp da classe, no caso dos pré-adolescentes e adolescentes, acaba sendo o substituto da hora do intervalo na escola.
Lá é um espaço de interação com os amigos e também de tirar dúvidas sobre os conteúdos estudados. Porém, assim como no espaço off-line, conteúdo racista, bullying além de outras manifestações tóxicas também são compartilhadas no aplicativo.
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Veja algumas figurinhas de grupos de Whatsapp do 6ª e 9º.
A estudante Ndeye Fatou Ndiaye, aluna do Colégio Franco-Brasileiro, no Rio de Janeiro foi humilhada por colegas de classe sendo exposta à frases como “Para comprar um negro, só com outro negro mesmo” ou “Fede a chorume”.
Com mais de 2 bilhões de downloads no mundo, o Tik Tok teve um aumento da sua popularidade durante o isolamento social. O Tecnoblog informa que mais 500 milhões de downloads foram registrados desde outubro de 2019. No primeiro trimestre deste ano, a plataforma foi líder em número de downloads, com 315 milhões. O WhatsApp, segundo da lista no mesmo período, teve 250 milhões de downloads.
À princípio o aplicativo parecesse só um criador de desafios de dança ao som de músicas das paradas de sucesso, mas não é bem assim. Além dos vídeos engraçadinhos e cheios de coreografias, há conteúdos parecidos com os de outras redes sociais, até com os que elas têm de pior: muita fake news e vídeos de conteúdo racista. Veja alguns exemplos.
Aqui o “tik-toker” fica em pânico com a pela escura e feliz quando sua pele fica mais clara.
Um tik-toker negro resolveu reclamar da falta de representatividade e virou piada dentro da plataforma.
Para esse Tik-Toker gringo branco, pessoas negras merecem ser cumprimentadas de forma diferente.
O aplicativo oferece meios de denunciar as postagens de conteúdo racista, mas assim como no Instagram muitas vezes quem decide ou que vai ser banido, não vê nada de ofensivo no conteúdo.
Alerta aos pais
É muito importante ficar atento ao conteúdo que seu filho consome por meio das redes sociais que no geral limitam o acesso para pessoas acima de 13 anos.
Ressaltar que conteúdos racistas não podem ser aceitos com normalidade é fundamental para criar um olhar crítico e aproximar pais e filhos do debate sobre racismo.
Pode ser constrangedor para alguns jovens repassar esse tipo de conteúdo para os pais, com medo de serem proibidos de usar ou ainda pela baixa autoestima.
Insista em reforçar que quem tem que se sentir desconfortável é quem cometeu o racismo, que é crime e junto com seu filho ou filha, faça a denúncia de conteúdo racista.
No caso de grupo de Whatsapp notifique a escola.
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