Com pratos inspirados na gastronomia da África Ocidental, a chef e proprietária do restaurante Chishuru, Adejoké “Joké” Bakare, recentemente se tornou a primeira chef negra a conquistar uma estrela Michelin no Reino Unido, e a segunda no mundo. Cobiçada por muitos chefs em todo o mundo, uma estrela indica que o restaurante é requintado e vale a visita.
Crescida na Nigéria, Adejoké costumava cozinhar para a família, e há cerca de 20 anos, se mudou para o Reino Unido para estudar microbiologia, mantendo a sua paixão pela culinária.
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O restaurante foi inaugurado como um pop-up temporário em 2020, e desde então se tornou um dos melhores restaurantes de Londres. Descrito pelo Jay Rayner, jornalista do The Guardian, como um menu “cheio de calor, vigor e sabor”. Em menos de seis meses após a abertura da sede permanente no centro da cidade, o Chishuru já era um dos mais comentados de Londres.
Em entrevista à CNN, na semana passada, Bakare explica a origem do nome Chishuru, na língua Hausa – região onde cresceu, da África Ocidental: “O silêncio que desce sobre a mesa quando a comida chega”. Segundo ela, “isso indica o amor e a paixão pelos alimentos e ingredientes que são essenciais para quem sou como chef”.
“Sempre sonhei em ter meu próprio restaurante. Sempre achei que ter uma estrela Michelin seria a cereja do bolo, por isso fiquei tão emocionada por receber uma esta semana”, conta.
Sua mãe e seu pai são das etnias Yorubá e Igbo, então ela explica que não existe o conceito de ‘culinária nigeriana’. “É um país enorme com muitas tradições alimentares diferentes, quase todas anteriores aos estados-nação da região”, diz.
Entre os seus pratos favoritos, a chef destacou o ekuru. Um bolo de sementes de melancia é coberto com pesto de sementes de abóbora, servido com molho de pimenta escocês.“Trata-se de ingredientes que muitos clientes nunca provaram e não se parece com o prato de ninguém”, explica.
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