Em suas obras, o escritor aborda efeitos do colonialismo e a vida de refugiados. Ele é o quinto africano a conquistar o prêmio.
O escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2021. Ele é o quinto escritor africano a conquistar o prêmio. O anúncio foi feito pela Academia Sueca na manhã desta quinta-feira (7). Segundo a instituição, Gurnah ganhou o prêmio “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes.”
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“Seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo”, afirmou a Academia.
Gurnah nasceu em Zanzibar, que hoje faz parte da Tanzânia, em 1948, mas atualmente mora na Grã-Bretanha. Ele deixou Zanzibar aos 18 anos como refugiado após um violento levante de 1964 no qual soldados derrubaram o governo do país.
Os 10 romances de Gurnah incluem “ Memory of Departure ”, “Pilgrims Way” e “Dottie”, que tratam da experiência do imigrante na Grã-Bretanha; “ Paradise ” , indicado para o Prêmio Booker em 1994 , sobre um menino em um país da África Oriental marcado pelo colonialismo; e “ Admiring Silence ”, sobre um jovem que deixa Zanzibar e vai para a Inglaterra, onde se casa e se torna professor.
Antes dele, outros africanos a vencerem o prêmio foram Wole Soiyinka, em 1986; Naguib Mafouz, em 1988; Nadine Gordimer, em 1991; e J. M. Coetzee, em 2003.
Pelo segundo ano consecutivo, prêmio Nobel não terá cerimônia presencial em Estocolmo, em razão da pandemia. Os ganhadores receberão o prêmio em seus países de residência.
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