Nesta tarde de quarta-feira (18), Gabi Oliveira revelou que decidiu mudar a sua filha, Clara Lua, de escola após descobrir que uma das professoras estava machucando a pequena. “Eu nunca tinha visto ela daquele jeito”, comentou Gabi. “Eu não sei o que aconteceu, eu não tenho como afirmar nada, a escola não tem câmera. Só sei que ela de alguma forma estava se sentindo rejeitada.”
Lua estudava em uma escola de período integral do Rio de Janeiro. Gabi não deu detalhes sobre a instituição, mas descreveu como um local bem conceituado. A influencer contou que começou a estranhar no começo do ano que Lua estava demonstrando um comportamento incomum em relação a escola, não querendo mais ir e mudando de humor. Até que em maio, uma mãe de uma colega de classe ligou para Gabi dizendo que sua filha relatou que uma das professoras colocou Clara de castigo virada para parede por causa de um episódio de uma tesoura que machucou outra aluna sem querer.
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Foi então que Gabi decidiu conversar com sua filha e descobriu que a professora regente, a machucou além de deixar de castigo. “Tentei ficar com cara de paisagem e falei ‘a professora te machucou?’ ai ela [disse] ‘é, a professora sempre me machuca, mãe’”, contou.
Em um determinado momento, a influenciadora teve uma reunião com a coordenação. A professora regente não participou do encontro, e a escola acabou pedindo desculpas pelo ocorrido e disseram que a professora chorou na sala de aula depois de ler o recado na agenda e acabou contando para os alunos.
Logo depois, a situação pareceu estar resolvida e que aparentemente a professora teria sido afastada, mas alguns dias depois a Clara começou a chorar desesperada voltando da escola dizendo “ela não gosta de mim, mãe”.
“Eu nunca tinha visto ela daquele jeito, foi o mais próximo que ela ficou de quando ela chegou aqui. Quando ela chegou, às vezes ela deitava no chão e ela não falava nada só ficava se debatendo, chorando por mais de uma hora, só que tem muito tempo que ela não tinha isso”, desabafou.
Gabi resolveu então procurar outra escola durante as férias de julho e logo no início da volta as aulas ela conseguiu fazer a transferência. Durante esse processo, outras mães de alunos negros da mesma escola relataram que seus filhos passaram por isso e também tiveram que se transferir da escola.
Ela também relatou que em 40 dias na nova escola sua filha teve uma melhora significativa. Voltou a querer ir para a escola e também está mais animada. “É uma outra criança”
“Eu acho que nós pessoas que somos mães de ou crianças negras ou crianças que apresentam algum comportamento que as pessoas colocam como a criança na questão do LGBTQIA+ tem uma grande luta para estabelecer com a comunidade da escola, estar ali presente para garantir o direito dos nossos filhos de serem respeitados”, finalizou.
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