11Por Silvia Nascimento – Diretora de Conteúdo do site Mundo Negro
Martin Luther King já profetizava sobre o poder da inserção dos negros em cargos ocupados majoritariamente por brancos e quão revolucionário é o seu trabalho, quando feito com excelência. Na época ele falava dos mordomos e empregadas domésticas que tinham a oportunidade de mostrar aos seus patrões brancos a competência, inteligência e profissionalismo dos afrodescendentes. Uma nova face dos negros, visto como sujos e intelectualmente incapazes pela sociedade racista americana dos anos 60.
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Neste novo século, vejo que sua fala ainda é atual. Alcançamos novos postos, que vão além do serviço braçal e isso incomoda. Após os ataques racistas, a jornalista global e “musa” do tempo, Maria Julia Coutinho, deu uma resposta aos seus agressores, que eu achei lapidar. “Eu respondo ao racismo com meu trabalho e competência”. É a premissa de King.
Não minimizando a importância dos movimentos populares de luta contra a discriminação, mas o avanço em nível educacional e profissional do negro é tão importante quanto embates políticos. É aquele único professor universitário negro, ou gerente do banco, a comissária de bordo, a dentista.
Maju é famosa e amada e recebeu a merecida solidariedade do Brasil inteiro. Muitos passam pela mesma situação, sem esse suporte, mas não desistem. Eles de destacam por sua competência profissional, inteligência, dedicação e incomodam os racistas por isso. São os nossos guerreiros e guerreiras anônimas que diária e silenciosamente estão trazendo a diversidade para o mercado de trabalho, fazendo história e abrindo as portas para a nova geração de profissionais negros.
Em tempo: Racismo não é somente feio, nojento e vergonhoso. É CRIME!!
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