A arte negra e a cultura afro-brasileira são alicerces da nossa sociedade

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A arte negra e a cultura afro-brasileira são alicerces da nossa sociedade
Maxwell Alexandre. Foto: Divulgação.

por Reinaldo Calazans

Quando falamos em arte, a primeira coisa que vem a cabeça é a arte erudita que os museus do no país sempre mostraram, dando sempre evidencia aos artistas brancos. O apagamento de artistas negros e negras foi algo muito presente no Brasil.
Mas falar de arte e cultura e não contar a historia do nosso povo é algo tão errado. As contribuições do povo africano foram fundamentais para a construção das características e da personalidade da sociedade brasileira.

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Na musicalidade o afoxé, congada, samba e a capoeira foram elementos essenciais e que perpetuaram e tem reflexo até os dias atuais. Nas pinturas os artistas sempre enfatizam a notoriedade da figura humana, o que demonstra uma preocupação com os valores étnicos.

Samuel de Saboia. Foto: Reprodução.

Já tivemos Arthur Timótheo da Costa (1882 – 1922), Estêvão Silva (1844- 1891), Wilson Tibério (1920-2005), temos Emanoel Araújo (1940) Rosana Paulino (1967) e Lidia Lisboa (1970). Nos dias atuais grandes artistas negros estão em processo de ascensão, o que nos orgulha demais e que perpetuam nossa arte e cultura.

Samuel de Saboia é artista plástico, um jovem pernambucano, autodidata e muito talentoso. Já teve o seu trabalho exposto em grandes cidades como São Paulo e Nova York, na Galeria Kogan Amaro (São Paulo, 2019) e “Beautiful Wounds”, na Ghost Gallery (Nova York, 2018). Sem dúvida um nome quente do mercado das artes e no mundo.

Lidia Lisboa nasceu no Paraná, é artista visual e de performance, trabalha muito bem com gravura, escultura contemporânea e cerâmica. Estudou no Museu Lasar Segall é uma mulher múltipla e inquieta. Seu trabalho é tão reconhecido no mundo da arte que já lhe rendeu alguns prêmios como Prêmio Maimeri 75 anos (1998) e II Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras (2012).

Lidia Lisboa. Foto: Dvulgação.

Maxwell Alexandre, pinta corpos pretos sobre o papel pardo, a “cor” parda foi usada durante muito tempo para velar a negritude no nosso país, o que contribuiu para essa desigualdade social e o racismo que vivemos até os dias de hoje. O jovem artista Maxwell Alexandre vive e trabalha na favela da Rocinha. E já carrega em seu currículo prêmio São Sebastião de Cultura. Também se Graduou em design pela universidade católica, a PUC-Rio, no ano de 2016.

Sim, somos os donos da nossa arte, é ela que nos fortalece. A nossa arte é fundamental para ajudar no combate ao racismo e a igualdade social. Somos múltiplos.

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