
O filme “Vitória”, que estreia nos cinemas na próxima quinta-feira (13), tem gerado polêmica pela escalação de Fernanda Montenegro para o papel de uma mulher negra.
O longa é baseado na história real da aposentada Joana da Paz que ajudou a desmontar uma quadrilha ao registrar crimes da janela de seu apartamento, no Rio de Janeiro, em 2005. As gravações, entregues ao jornalista Fábio Gusmão, interpretado por Alan Rocha, resultaram na prisão de traficantes e policiais militares envolvidos com o crime organizado.
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Joana, que era negra, teve a identidade mantida em sigilo por anos. Na época, os jornais se referiam a ela como Vitória da Paz. Jurada de morte, viveu sob proteção do Estado até sua morte, em 2023, quando seu nome foi revelado.
A produção do filme começou enquanto ela ainda estava viva, o que, segundo os realizadores, motivou a escolha de uma atriz branca para interpretá-la, já que sua identidade não era conhecida. O então diretor Breno Silveira não teria visto problemas na decisão.
Com o sigilo de identidades, também foi escalado Alan Rocha, um ator negro, para interpretar o jornalista Fábio Gusmão, um homem branco, e a mudança dos nomes reais dos envolvidos. No filme, Joana se chama Nina, e Gusmão foi rebatizado como Flávio Godoy.
O diretor Breno Silveira faleceu em 2022, aos 58 anos, durante as filmagens do filme. Para concluir o longa, a produção escalou Andrucha Waddington, cineasta e amigo de Silveira. Waddington é genro de Fernanda Montenegro e já havia trabalhado com a atriz em “Casa de Areia” (2005).
Também integram o elenco Linn da Quebrada, Silvio Guindane, Jeniffer Dias, Thawan Lucas, entre outros.
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