O ator mirim Ygor Marçal, de 11 anos, conhecido por seus papéis nas novelas “Amor Perfeito” e “Salve-se Quem Puder”, trocou de escola neste ano após relatar ao jornal Extra, junto com a família, que foi vítima de racismo no Colégio Batista, escola particular na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
“Ele pediu para sair. Não queria mais ficar lá. E a escola não fez nada a respeito. Então, tiramos ele”, afirmou a irmã, Fernanda Ribeiro, 21, atriz e dubladora. Segundo ela, a família vai acionar a instituição na Justiça por omissão diante dos episódios relatados.
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Fernanda publicou nas redes sociais um relato sobre o caso, em novembro do ano passado, denunciando que o irmão foi alvo de insultos racistas e que a escola não tomou providências. De acordo com ela, Ygor foi excluído por colegas, xingado de “macaco”, além de sofrer outras agressões verbais. O ator revelou a situação à mãe meses depois.
“Hoje, meu coração se aperta ao ver uma reportagem sobre o racismo que o Ygor vem sofrendo. É difícil colocar em palavras a dor de saber que alguém tão amado é alvo de preconceito e violência. E que, em um momento tão difícil, ele se calou e não externou isso para ninguém”, escreveu.
Fernanda relatou que um dos alunos que ofendia seu irmão já havia protagonizado outros episódios de racismo.”Foi o mesmo que chamou o Ygor de ladrão quando achou que ele tinha pegado uma caneta sua e disse que ele não ia jogar bola com eles porque tinha ‘pretofobia’. Depois, outra colega o chamou de ‘macaco’. E, quando o Ygor foi ajudar na feira de empreendedorismo, essa colega disse que não queria ajuda de ‘pretinho'”, afirmou.
O ator também falou sobre o caso. “Quando me chamaram de macaco, me senti muito desconfortável, triste. É como se tivesse uma parte de mim saindo. Eu não queria falar com a minha mãe para não acontecer alguma coisa, de ela ir lá, porque eu gostava muito daquela escola. Eu fiquei sem apetite”, disse.
Segundo Fernanda, a situação afetou emocionalmente o irmão, que passou a se isolar e pediu para trocar de escola. “Meu irmão está muito para baixo. O comportamento do Ygor mudou muito de um tempo para cá. Ele se fechou, não queria comer, não queria mais ir para a escola… Inclusive, ele pede muito para minha mãe tirá-lo de lá. É muito triste. E o pior é que, mesmo o pessoal do colégio sabendo de tudo, ninguém fez nada. A única coisa que fizeram foi chamar todas as crianças e pedir para escreverem o que gostavam nelas mesmas e o que o colégio poderia mudar”, relatou.
O jornal Extra informou que tentou contato com o Colégio Batista para comentar o caso, mas não obteve resposta.
Fonte: Jornal Extra*
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