Novembro marca a celebração dos 127 anos do Morro da Providência (RJ), e para comemorar essa data especial, o Instituto Entre o Céu e a Favela lançará um novo projeto cultural. No dia 16 de novembro, às 19 horas, o grupo Bando Teatro Favela, idealizado pela atriz e empreendedora social Cintia Santana, apresentará gratuitamente o espetáculo “Ninguém Toma Providência”. A apresentação, com classificação livre, acontecerá no Muhcab – Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, localizado na Gamboa.
A peça escrita por Adalberto Neto e dirigida por Vilma Melo, traz a história do Morro da Providência entrelaçada à vida de seus moradores na contemporaneidade. Juntos, eles transitam pelas trajetórias de sete personagens que são facilmente encontrados não só na Providência, mas em muitos territórios periféricos do Brasil.
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Peça dirigida por Vilma Melo celebra os 127 anos do Morro da Providência com apresentação gratuita
Segundo a sinopse, os atores narram as belezas e desafios que moradores de favelas enfrentam cotidianamente e desvelam o Brasil profundo, repleto de questões sociais que precisam ser debatidas e combatidas. O fazem com humor e seriedade, abrindo caminhos para que sejam lançados olhares para uma população que precisa ser vista e ouvida de forma humanizada e inclusiva. Apresenta um olhar de dentro pra fora, fortalecendo os saberes e fazeres de territórios marginalizados, em que as vozes periféricas ganham centralidade no discurso.
“É muito pertinente lembrar que somos a primeira favela da América Latina e sempre me perguntei por qual motivo nossa história não é contada. Porque tudo tem várias versões, quem mora aqui no morro não sabe que é da primeira favela, mas também compreendi que existe uma invisibilidade social das pessoas que moram nas favelas e acredito que o teatro pode ajudar nisso. Por isso convidei o Adalberto para escrever o texto, conversamos muito sobre a história daqui, pesquisamos e o texto vem com humor, leveza, mas também com críticas ao sistema. Vamos colocar em cena as histórias contadas pelos seus, aqueles que muitos fingem não ver”, conta Cintia.
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