Nesta última terça-feira (6), o Baobá – Fundo para Equidade Racial e a B3 Social apresentaram os cinco estudantes selecionados pelo edital Black STEM. O programa é voltado para jovens negros brasileiros que desejam cursar uma graduação no exterior. Cada um deles receberá o equivalente a R$35 mil anuais para cobrir despesas de moradia, alimentação, transporte, material acadêmico e mensalidades.
As bolsas podem ser renovadas anualmente até a conclusão do curso. O processo seletivo, composto por quatro etapas, contou com especialistas das áreas de STEM, Psicologia e Educação com diferentes conhecimentos e experiências sobre graduação no exterior. Os selecionados pelo Black STEM foram:
- Camila Ribeiro Martins (Vitória, ES): Pilotagem na Escola Superior Náutica Infante Dom Henrique, Portugal.
- Diovanna Stelmam Negeski de Aguiar (São Paulo, SP): Ciência da Computação, na New York University (NYU), na China.
- Eric Souza Costa Ribeiro (Caieiras, SP): Engenharia Aeroespacial na University of Notre Dame, EUA.
- Melissa Simplicio Silva (Rio de Janeiro, RJ): Ciência da Computação na New York University (NYU), EUA.
- Rilary Oliveira Torres (Diadema, SP): Medicina na Universidad Nacional de Rosario, Argentina.
O Black STEM é uma iniciativa que apoia a presença e permanência de pessoas negras nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) em universidades internacionais. No Brasil, a população negra (pretos e pardos) constitui 56% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas representou apenas 36% dos formados em cursos superiores em 2020 e 32% dos formados em STEM. Essas áreas têm uma ligação histórica com a população negra, responsável por importantes desenvolvimentos científicos e tecnológicos. O programa promove formação acadêmica para esses estudantes e contribui para a produção de conhecimento na academia global.
“O Black STEM é um programa de incentivo financeiro e educacional para adolescentes e jovens negros que desejam estudar ciências exatas fora do Brasil”, diz Giovanni Harvey, Diretor Executivo do Fundo Baobá. “Esta iniciativa não é um projeto de curto prazo, mas um programa duradouro desenvolvido pelo Fundo Baobá e pela B3 Social. Os resultados do primeiro processo seletivo mostram que estamos no caminho certo. Por isso, continuaremos a investir e a trabalhar para ampliar as perspectivas e horizontes dos alunos de escolas públicas e privadas que promovem a diversidade étnica por meio de açõesafirmativas”.