No dia 5 de abril de 2024, durante o simposium “Don’t Jive Me: Gender and Jazz”, realizado na Low Library em Nova York, a renomada professora emérita da Universidade da Califórnia, Angela Davis, proferiu uma palestra que além de discutir a interseção entre gênero e jazz, trouxe à tona questões cruciais relacionadas à justiça social e aos direitos humanos. Durante o evento, o colaborador do Mundo Negro e ativista brasileiro Antonio Isupério entrevistou Angela.
Davis compartilhou suas reflexões sobre o caso de Marielle Franco, expressando sua preocupação com a demora na resolução do crime: “Acho que demorou muito para apontar aqueles que são realmente responsáveis pelo assassinato de Marielle”.
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Ela também ressaltou o legado da ativista: “Mesmo que Marielle tenha tido sua vida tirada dela, há tantas pessoas em todo o mundo que se veem como o legado de Marielle Franco e continuarão a fazer o trabalho que ela estava fazendo.”
Angela Davis revelou sua própria conexão pessoal com Marielle: “Pessoalmente, sempre fui muito inspirada por ela em minhas próprias batalhas contra o racismo, a violência policial e a homofobia”.
A ativista americana ainda disse que em sua casa, no seu espaço de reflexão e estudo, ela tem um quadro da vereadora brasileira.” Muitas vezes sinto o espírito de Marielle e tenho um belo quadro dela em meu espaço de estudo, que é onde passo a maior parte do meu tempo quando estou em casa”.
A professora Davis concluiu reiterando a importância de honrar o legado de Marielle Franco: “Temos que demonstrar que sua morte não foi em vão. Eles acharam que poderiam matá-la, mas não podem matar seu legado.”
Texto: Silvia Nascimento
Entrevista: Antonio Isupério
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