Aos 64 anos, Theresa Kachindamoto, chefe da tribo Ngoni do distrito de Dedza, na região central do Malawi, promoveu uma verdadeira transformação ao pôr fim ao histórico de casamentos infantis na região. Desde que assumiu a liderança da tribo, que abrange mais de 900 mil pessoas, em 2015, Theresa já organizou o término de 1000 casamentos envolvendo crianças.
O Malawi ainda enfrenta um grande problema com o casamento infantil. Jovens com até 12 anos se casam por tradição ou pobreza. Os números locais revelam que 47% das mulheres se casam antes dos 18 anos, colocando em risco o direito à educação, pois as crianças e adolescentes são forçadas a abandonar a escola para desempenhar trabalhos domésticos.
Notícias Relacionadas
Medalhista olímpica, Bia Souza é indicada ao prêmio de melhor judoca do mundo em 2024
Projeto Paradiso e Empoderadas anunciam residência para roteiristas negras na Espanha
Desde que começou a promover o fim do casamento infantil no Malawi, Theresa, que também é a primeira mulher a ocupar o posto de líder, passou a desafiar séculos de tradição, mudando costumes profundamente enraizados, com o objetivo de proteger as mulheres da nova geração. Sua estratégia para acabar com o casamento infantil envolve a sensibilização para a educação das crianças, especialmente das adolescentes.
Para garantir a continuidade do processo , Theresa também mantém extensas conversas com pais que já tinham casado as suas filhas ou planeavam fazê-lo. Além disso, por meio de doações, ela realizou verificações regulares nas escolas para garantir que todas as meninas frequentavam as aulas. Por último, Theresa também destaca com frequência histórias e conquistas de mulheres Inkosi bem-sucedidas, que conquistaram sucesso pessoal e profissional graças à educação.
Notícias Recentes
Dicas de desapego e decoração ancestral para o fim de ano com a personal organizer Cora Fernandes
Sueli Carneiro se torna a primeira brasileira reconhecida como cidadã beninense