A segunda edição do Fórum Pacto das Pretas anunciou na última terça-feira (25), no Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, o lançamento do Programa de Mentoria e Aceleração da Liderança Feminina, uma parceria entre o Pacto pela Equidade Racial, B3, a Bolsa de Valores do Brasil, ADP Brasil e Fundação Dom Cabral, que vai contribuir com a formação de 30 lideranças negras comprometidas com a equidade racial.
“Esse programa foi desenhado com muito cuidado para a gente tentar, em tese, sanar todos os gaps possíveis. Para que não tenha justificativa para não contratação de uma mulher negra em cargo de liderança. Esse assunto de fato, ele é urgente, a gente tem levado isso com muita seriedade e esse lançamento do programa de mentoria é um retrato disso”, disse Carolina Bandeira, advogada e líder do Núcleo BL4CK, B3.
O programa irá acompanhar 30 mulheres negras para a primeira posição de liderança ao longo de 11 meses, com mentorias, aceleração de carreira, construção de networking e aulas de inglês. As inscrições para o programa de mentoria terão início no dia 7 de agosto na plataforma da Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial. Devem ser selecionadas mulheres negras das 5 regiões do país, que farão 368 horas de atividades, incluindo também vivências presenciais, aula com experts e atividades de ampliação de repertório cultural.
“Este programa de mentoria é exatamente aquilo que falei para vocês, nós não queremos ser guerreiras, queremos ser muito mais que isso. E esse programa de mentoria vai nos levar muito mais longe”, celebrou Cláudia Perazio, Gerente de Recursos Humanos da ADP Brasil.
O Pacto de Promoção da Equidade Racial, iniciativa que propõe implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil, realizou o Fórum no Teatro SESI, em São Paulo, com o objetivo de incentivar as empresas e investidores a contribuírem ativamente com soluções práticas de equidade racial no Brasil.
Com o tema “Investimento Privado: Uma estratégia de Transformação Social da Mulher Negra”, o Pacto contou com a presença de lideranças do setor privado, sociedade civil, organizações nacionais e internacionais, consultorias e demais agentes com interesse na pauta racial com intersecção de gênero.