O vídeo que mostra a agressão sofrida por um estudante da USP, que teve uma arma apontada em sua direção por um Policial Militar, simplesmente porque defendia um espaço de vivência estudantil chamado DCE ocupado teve grande repercussão nas redes sociais.
Poucas horas depois da sua divulgação, a imprensa burguesa já comunicava a decisão da Polícia Militar de afastar os dois policiais da operação e de abrir uma sindicância interna.
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Rapidamente a própria Polícia e a imprensa burguesa passaram a defender a seguinte tese: o policial que apontou a arma estava “descontrolado emocionalmente” e aquilo teria sido um ato excepcional.
Com o recorde de assassinatos que a polícia brasileira carrega e o histórico de agressões contra os cidadãos, é evidente que essa é a forma de agir da Polícia Militar.As “providências” que são afastar os dois policiais da operação e abrir uma sindicância são insignificantes.
Um caso que comprova isso é o dos policiais de São Paulo que tiraram à força a roupa de uma policial em busca de supostas “pistas” que a incriminariam. O episódio também foi filmado, pelos próprios policiais.
No episódio, ocorrido em 2009, a policial pede que seja revistada por mulheres policiais, mas é algemada a força e violentamente despida por eles.Abriu-se então uma sindicância e todos os policiais foram declarados inocentes. Nenhum deles foi punido ou processado.
É possível concluir que sindicância para investigar o caso não levará a nada, porque os acusados são policiais, contra os policiais absolutamente nada é feito, o mesmo não acontece com os estudantes da USP. Dezenas de estudantes da USP e também funcionários carregam uma série de processos criminais por participarem de movimentos políticos e reivindicarem seus direitos.
Nenhum estudante apontou arma para ninguém, nem agrediu ninguém, mas está sendo processado criminalmente.
Enquanto isso, a imprensa burguesa e a Polícia Militar tentam provar que estão “apurando” o caso.
Fonte: COonline
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