Em novo artigo de opinião para o site Meio e Mensagem, o publicitário Ricardo Silvestre, CEO e fundador da ‘Black Influence’, questionou a presença efetiva de marcas e empresas neste último mês de novembro, tradicionalmente marcado por celebrações da cultura negra. De acordo com o profissional, apesar das pessoas pretas movimentarem quase 2 trilhões de reais anualmente, esse público ainda segue sendo ignorado pela publicidade. “Temos muito o que caminhar no que diz respeito à participação de marcas e empresas no novembro negro – mês em que celebramos a Consciência Negra no Brasil“, escreveu ele.
Neste ano de 2022, muitos profissionais observaram uma queda considerável de campanhas publicitárias voltadas ao público negro. “Às vezes sobra boa vontade, mas falta efetividade e isso acontece por alguns motivos: um deles é o baixo entendimento sobre o poder que essa data tem, já que está associada de forma positiva à maior parte da população e dos consumidores do país mais negro fora da África no planeta”, continuou Silvestre. “É preciso assumir de uma vez por todas o posicionamento antirracista, já que pessoas pretas consomem produtos e serviços diariamente”.
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“O Dia da Consciência Negra, assim como o Dia dos Pais, das Mães e das Crianças, precisa constar como data de oportunidade comercial para absolutamente todas as empresas do território nacional. Essa é uma pauta mandatória e que precisa ser vista com seriedade“, destacou o profissional. “O que também não quer dizer que as comunicações sobre o tema precisam ser necessariamente concentradas apenas em novembro. É preciso criar uma conexão consistente com o público e mantê-la ativa durante 12 meses do ano”.
Ricardo, que este ano concorre ao Prêmio Caboré, destacou: “Até quando estaremos inertes a pautas tão importantes como essa? E quando as marcas entenderão o papel poderoso que possuem para formação de opinião e imaginário na sociedade?”.
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