País africano tem se tornado destaque no uso e na produção de insumos tecnológicos e tem sido ponta de lança nas discussões sobre o tema
O que vem à sua mente quando você pensa em Ruanda? 28 anos após o terrível massacre que tomou conta do país, para muitas pessoas este é o tema que sobressai quando se menciona o território africano. No entanto, já há alguns anos, o país tem se tornado referência quando o assunto é tecnologia.
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Ruanda sediou o Mobile World Congress, congresso mundial sobre tecnologia móvel, que aconteceu em Kigali entre os dias 25 e 27 de outubro. Na ocasião, o país apresentou o Projeto de Aceleração Digital de Ruanda, com investimento de US$ 200 milhões, que busca aproveitar smartphones acessíveis e concentrar o acesso à Internet em escolas e hospitais.
Este passo marca uma caminhada que o país da África subsaariana tem solidificado quando o assunto é tecnologia. Em março deste ano, o Ruanda lançou o Centro para a Quarta Revolução Industrial, que promete ser um pólo de fomento para a transformação digital, com foco na governança e na segurança de dados.
Para a ministra de Ciência e Tecnologia da Informação de Ruanda, Paula Ingabire, a pandemia acelerou processos neste assunto. “A COVID-19 revelou o verdadeiro potencial da tecnologia digital. O status quo foi revisto, um processo que anteriormente pensávamos que poderia levar 30 anos e, em muitos lugares, aparentemente acontece da noite para o dia”.
E foi durante a pandemia que Ruanda se tornou um caso internacional de sucesso ao usar robôs na linha de frente do atendimento a pacientes e poupar vidas de milhares de profissionais de saúde. Os robôs conseguiam medir a temperatura de 200 pacientes em apenas um minuto e diminuíram o contato entre paciente e profissional de saúde, reduzindo a propagação do vírus dentro dos hospitais.
Além disso, uma política de testagem e vacinação em massa, tanto para ruandeses quanto para estrangeiros, fez com que o país, que foi o primeiro do continente a registrar a presença do coronavírus, conseguisse controlar a disseminação do mesmo de maneira exemplar. Bem diferente do que aconteceu no Brasil, por exemplo.
Ruanda também foi o pólo onde se desenvolveu a tentativa de uma primeira produção africana de smartphones 100% feitos no continente. Apesar de a empresa ter encerrado suas operações algum tempo depois, é um sinal importante de que o país não está brincando quando o assunto é inovação tecnológica.
Para muito além do que imagens estereotipadas e racistas que pretendem aprisionar o país e o continente africano como ambiente de guerras e conflitos civis, quem está conectado no século XXI deve pensar em Ruanda quando o assunto for tecnologia.
Conteúdo patrocinado por Boeing, trazendo informação sobre diversidade e inovação:
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