De acordo com decreto que deverá sair hoje, 02 de fevereiro, dia de Iemanjá, o ofício das baianas vendedoras de acarajé, será reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro. (Ressaltamos que em 2005, elas receberam o título a nível nacional e em 2012, o de patrimônio cultural imaterial da Bahia) A solicitação do secretário municipal de cultura Marcus Faustini, é um desdobramento do programa ”Baianas do Rio de Janeiro”, que visa promover e guardar o tipo de comércio por elas exercido, além de garantir maior agilidade na busca de suas licenças.
Sobretudo, o decreto atende as quituteiras que produzem e vendem em tabuleiros, exclusivamente pratos da culinária baiana, tais como: acarajé, mingau, beiju, cocada, pipoca, bolos tradicionais e etc. Enquanto estiverem trabalhando, as Baianas do Acarajé deverão portar Autorização de Uso de Área Pública e o cartão de identificação do Comércio Ambulante. A Secretária Municipal, também prevê a elaboração de projetos e estabelecimentos parceiros, almejando o resgate e a manutenção do valor histórico, cultural e gastronômico das baianas do acarajé.
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A notícia vem em um momento crucial, considerando que no último ano foram relatados quatro casos de intolerância religiosa contra essas profissionais. Em depoimento ao Mundo Negro, Rosa Perdigão, coordenadora nacional da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM), relembra dos acontecimentos. Confira abaixo a declaração completa:
”Vencemos uma luta, porém continuamos na batalha ! Comemoramos as conquistas mas necessitamos desta visibilidade e amparo na preservação do ofício das baianas de Acaraje ! Estamos cansadas dos descasos e intolerâncias, no ano de 2021 foram quatro registros na DECRAT, eu não quero admitir isso como naturalidade ! Somos as primeiras mulheres empreendedoras do Brasil! Somos história, cultura é legado ancestral”
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