Segundo a ação, a loja publicou uma imagem da atriz utilizando um vestido da marca nas redes sociais sem a sua devida autorização.
No processo, Ellen afirma que a marca “jamais solicitou autorização à autora para referido uso, de modo que jamais poderia utilizar-se do nome e da imagem da autora para promoção da sua marca e de seus negócios, com o claro intuito comercial de atrair uma maior clientela e aumentar sua renda, aproveitando-se, para isso, de toda reputação e prestígio alcançados pela artista perante o público”.
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O processo corre na Justiça desde outubro de 2020 e após a denúncia, a marca tentou entrar em acordo com a atriz a oferecendo R$ 1.000 de forma extrajudicial, mas ela não aceitou, segundo seu advogado Caio Mariano.
“Extrajudicialmente ela ofereceu R$ 1.000”, afirma o advogado de Jessica, Caio Mariano. “Mas moveu uma outra ação contra a atriz, sugerindo unilateralmente o valor de R$ 18.000 como indenização pelo uso não autorizado de sua imagem, depositando em juízo o valor como forma de tentar resolver a questão”.
Segundo informações, a Farm decidiu quanto teria de pagar pela indenização sem consultar a atriz e sem querer ia ao processo judicial.
A Buzzfeed entrou em contato com a atriz que disse também viver de sua imagem e por isso, ser um absurdo as marcas ainda não entenderem que não é mais “a carne mais barata do mercado”.
“Fico impressionada em como até hoje as pessoas tem um olhar de descaso para as pessoas negras, e isso independe da profissão ou classe social. No caso da Farm não é de hoje, tem precedentes. No meu caso, utilizaram minha imagem sem autorização e quando questionados fizeram uma proposta tão abusiva quando o uso indevido. O que leva uma empresa do tamanho da FARM a usar minha imagem sem autorização? Eles sabem o que estão fazendo.
Sou uma artista, vivo também da minha imagem, credibilidade, quando associo minha cara à alguma marca, sempre analiso criteriosamente as propostas antes de dizer sim, e sou remunerada pra isso. As empresas têm que entender de uma vez por todas que “a carne mais barata do mercado” nunca mais será a carne negra. E caso eles ‘se esqueçam’, estamos aqui pra lembrar. Temos de recorrer à justiça, a exposição pública do problema.”
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