Karina Carla atuava como recepcionista em uma clínica médica há 6 anos, e em abril de 2020 decidiu colocar box braids, para ajudar no processo de transição capilar, mas de acordo com os representantes da clínica em que Karina trabalhava, o visual não “combinava” com o perfil da empresa.
Karina prontamente se recusou a tirar as suas tranças, mas essa decisão pode ter resultado na sua demissão, 6 dias depois da reclamação da empresa.
Notícias Relacionadas
Professor e turista argentina são indiciados por racismo após imitar macacos em roda de samba no Rio
Estagiária, estudante da PUC-SP, é demitida após ofensas a cotistas em jogos universitários
“A trança, além de me ajudar na transição capilar, faz parte da minha identidade e cultura.” disse Karina em entrevista a UOL
O caso foi para a justiça que determinou uma indenização de R$30 mil reais a recepcionista por danos morais. A decisão foi divulgada pelo Tribunal Regional do Trabalho, Karina e a clínica entraram com recursos.
Em conversa entre a recepcionista e uma consultora de imagens da clínica, a consultora afirma que as tranças de Karina são muito informais, e não combinam com alguns ambientes de trabalho:
“Não dá para você trabalhar com ele, fica muito informal mesmo, sabe, tem até uns penteados, alguns cortes de cabelo que, de fato, são dress code de empresa muito casual, muito informal, [e] não se enquadra tipo em banco, clínica médica, essas coisas”, disse a consultora.
Posicionamento da clínica:
A clínica médica alega que a demissão de Karina foi devido à pandemia de Covid-19 e que não há nenhuma relação com o seu cabelo, e segundo a UOL a consultora de imagem afirmou que não houve tratamento discriminatório, apenas a solicitação de que fosse feito um penteado formal.
Notícias Recentes
OMS mantém status de emergência global para mpox
"Seguimos também batalhando por reparação", diz Anielle sobre desculpas à escravidão do Governo