Nome em ascensão na cena musical brasileira, Amanda Magalhães lançou em setembro seu primeiro álbum, intitulado “Fragma”, pela Boia Fria Produções – selo responsável pelo premiado álbum Galanga Livre, de Rincon Sapiência – e distribuído pela Ditto Music. “É sobre reunir os cacos de todas as Amandas que eu já fui enquanto amava e enquanto amo”, contextualiza a artista.
Com canções autorais, produções e arranjos musicais assinados pela própria artista, o disco apresenta uma sonoridade soul, funk, R&B atrelada à MPB e a outros gêneros latino-americanos, com foco em resgatar (e/ou valorizar) a música soul no Brasil. Entre as faixas, estão “Saiba”, com participação de Seu Jorge (lançada em dezembro de 2019), e “Talismã”, com participação de Liniker, música de trabalho do álbum.
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Amanda Magalhães traz, em seu disco de estreia, a voz e a potência da mulher jovem, protagonista de sua própria história. Falando de amor, vulnerabilidade, conexões e afetos, a artista se volta para a simplicidade e delicadeza das relações cotidianas, muitas vezes esquecidas em tempos de redes sociais. “Quando penso nesse trabalho, ouço os amores que vivi, ali, fragmentados. Percebo como cada uma dessas partes de mim me fizeram inteira até mesmo quando eu estava aos pedaços. ‘Fragma’ atravessa e revira minha trajetória afetiva de diferentes maneiras e representa o início do meu encontro com a produção musical.”, conta Amanda. ”Talismã”, música de trabalho do álbum, fala sobre a leveza e as sutilezas das relações afetivas, com a participação especial da cantora Liniker, que intensificou a composição com sua voz forte e interpretação marcante. “Foi uma honra ter a participação dela no meu disco e acho que as pessoas vão gostar e se identificar com essa canção”.
Amanda apresenta talentos interdisciplinares, fazendo dela uma artista de qualidades raras, senão únicas, no cenário artístico atual. Além de cantora, compositora, musicista (tendo o piano como seu principal instrumento) e produtora musical, é também atriz, com formação na Escola de Artes Dramáticas da USP. A artista vem ganhando notoriedade também nessa área, com destaque para a personagem Natália da série 3%, integrando o elenco principal da primeira série da Netflix com produção inteiramente brasileira e aclamada por público e crítica ao redor do mundo. Sua primeira experiência de canto no palco foi durante a faculdade, ao interpretar para o público uma música da Billie Holiday em uma das peças em que atuou. A partir de então, Amanda Magalhães quis conhecer o potencial de sua voz e se tornar mais bem preparada musicalmente – foi quando começou a criar suas próprias composições.
Carioca, mas tendo passado metade de sua vida em São Paulo, Amanda é filha do renomado produtor e arranjador William Magalhães (Banda Black Rio) – a quem chama de seu guru do funk, do soul e do samba – e neta de Oberdan Magalhães – um dos melhores saxofonistas tenor que o Brasil já teve -, que fundou a BBR em 1976. Cresceu em um ambiente musical onde foi intensa a influência da música negra. Aos 28 anos, ela esbanja competência, ultrapassando as expectativas colocadas sobre o seu DNA musical, que também traz a marca do sambista Silas de Oliveira.
Com uma carreira promissora, Amanda Magalhães vem se destacando tanto pela habilidade como cantora quanto pela versatilidade e frescor de suas composições e arranjos. Multitalentosa, a artista estudou áudio e segue se aperfeiçoando em captação e mixagem, sendo ela mesma quem assina a produção musical de seu trabalho, além de produzir para outros artistas, publicidade, tv e cinema. Autodidata, ganhou seu primeiro piano aos 15 anos, mas já aprendia a tocar desde a infância com vídeo-aulas que buscava na internet. Trazendo influências musicais que passam por Daft Punk, FKJ, Hiatus Kaiyote, Solange Knowles, Ray Charles, Zaz, Flume, Baiana System, Céu, Rita Lee, Liniker, Amanda apresenta canções marcadas pelo R&B e pela soul music, unindo as influências norte americanas ao suingue dos ritmos brasileiros.
Ouça Talismã
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